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Manifestantes voltam ao Carrefour de Londrina em protesto contra morte de homem negro no RS
23 Nov
Isaac Sitta Fontana

Manifestantes voltam ao Carrefour de Londrina em protesto contra morte de homem negro no RS

Representantes dos movimentos de igualdade social e outras causas sociais de Londrina voltaram a protestar neste sábado (21) contra a morte de João Alberto Silveira Freitas, provocada por dois seguranças do Carrefour em uma unidade da rede em Porto Alegre (RS). Foi a segunda manifestação em frente à loja do supermercado em Londrina - a primeira foi na noite de sexta-feira (20), no Dia da Consciência Negra.

O protesto deste sábado começou com carreata, concentrada no Estádio do Café, a partir das 15h. Os veículos trafegaram com frases de protesto e o slogan "Xô racismo”. A carreata foi liderada por um carro de som, de onde eram feitos discursos e apresentação musical. Após passar por vários bairros da zona norte de Londrina, o comboio seguiu pelas ruas do Centro até a Madre Leonia Milito, de onde partiram para o supermercado, localizado ao lado de um shopping center. Os manifestantes foram recebidos pela Polícia Militar, por volta das 18h30, com homens equipados com cassetetes e escudos. O comandante da operação disse a eles que a PM estava ali para a segurança deles. Não houve conflitos entre os manifestantes e os policiais.

Os participantes do protesto deixam os veículos fora do estabelecimento e entram, à pé, no estacionamento da loja, onde voltaram a protestar com discursos contra o racismo, incluindo críticas a ações policiais contra jovens negros, e faixas. A manifestação terminou perto das 20h, sem intercorrências graves - houve dois princípios de tumulto, ocorridos quando uma participante disse ter visto um segurança da loja debochando do protesto e de um homem que criticou os manifestantes. O Carrefour se manifestou por meio de nota à imprensa: "O Carrefour entende que as manifestações que estão ocorrendo são legítimas. Nós compartilhamos do mesmo sentimento e estamos à disposição para criar um debate com a sociedade, buscando soluções para que casos como este não voltem a acontecer." João Alberto Freitas morreu na noite de quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, após ser covardemente agredido e imobilizado por dois seguranças de um Carrefour em Porto Alegre. A ação violenta foi gravada por celular e causou indignação nacional após as imagens viralizarem nas redes sociais. Ele foi asfixiado por quatro minutos diante de 15 testemunhas. Terceirizados, os dois seguranças foram presos em flagrante e demitidos por justa causa. O Carrefour disse que romperia o contrato com a empresa e que também demitiria o funcionário responsável pela loja. O caso teve repercussão internacional e é comparado à morte de George Floyd, por asfixia mecânica provocada por policiais que ajoelharam em seu pescoço. O assassinato gerou o movimento Black Lives Matter e uma onda de protestos.

Créditos: Bonde/Folha

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