Londrina recebe selo de Município Turístico e junta-se a Curitiba e Foz do Iguaçu
Londrina foi oficialmente reconhecida pelo Ministério do Turismo (MTur) como Município Turístico, alcançando o mesmo nível de destinos consagrados do Paraná, como Foz do Iguaçu e Curitiba. Com essa certificação, a cidade passa a integrar a rede de municípios prioritários para receber recursos e implementar políticas públicas voltadas ao setor, fortalecendo sua posição como polo regional de turismo.
Segundo Samara Headley, presidente da Agência de Desenvolvimento Turístico da Região Norte do Paraná (Adetunorp), a inclusão no Mapa do Turismo de 2025 representa um avanço estratégico. “Não é apenas um selo de aprovação, mas uma ferramenta que atrai investimentos, fortalece a economia local e exige maior organização do setor”, destacou. A portaria MTur 9/2025, que atualiza o Mapa, garante a destinação descentralizada de verbas, permitindo que os investimentos tenham impacto direto.
Herika Galli, diretora de Turismo do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), lembra que a atual gestão municipal intensificou a captação de recursos para que o turismo — em eventos, lazer, esportes e entretenimento — amplie sua participação no PIB de 0,7% para até 8%. “Londrina já está aproveitando os benefícios do selo, como o acesso a recursos do MTur e da Secretaria de Turismo do Paraná, algo inédito até então”, afirmou.
A cidade possui cerca de 8,5 mil leitos de hospedagem, número que aumenta com imóveis de temporada e motéis. Em 2025, a rede hoteleira chegou a 100% de ocupação em eventos de grande porte, como o show “A Tardezinha”, de Thiaguinho, que atraiu mais de 15 mil pessoas.
Para receber a certificação, o município apresentou ao MTur uma carta de compromisso assinada pelo prefeito Tiago Amaral e pelo presidente da Codel, Paulo Henrique Ferreira. Entre os critérios exigidos estão capacidade de hospedagem, infraestrutura, atrativos turísticos e desempenho econômico.
Samara Headley destaca que o reconhecimento impulsiona toda a cadeia produtiva — hotéis, comércio, gastronomia, serviços, guias e artesãos — gerando empregos e estimulando novos negócios. Ela acrescenta que o selo exige gestão eficiente e planejamento estratégico, fortalecendo a parceria entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil. “Londrina passa a ser vista não apenas como um destino, mas como um polo turístico que opera com qualidade, transparência e profissionalismo”, concluiu.