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Sindicatos fecham proposta de reajuste para professores das creches filantrópicas em Londrina
16 Maio

Sindicatos fecham proposta de reajuste para professores das creches filantrópicas em Londrina

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No quarto dia de greve dos professores das creches filantrópicas de Londrina, sindicatos patronais e laborais chegaram a um acordo e elaboraram uma proposta de reajuste salarial escalonado. A proposta, construída na manhã desta sexta-feira (16), prevê aumento de 9,77% ainda em 2024, com os custos divididos entre o município e as entidades mantenedoras. Para 2026 e 2027, o reajuste sugerido é de 10% mais a reposição da inflação medida pelo INPC. O documento será encaminhado à Prefeitura ainda nesta sexta-feira.

A reunião ocorreu no Ministério Público do Paraná (MPPR) com representantes da Prefeitura, do Sinpro (Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná), do Sinibref (Sindicato Interestadual das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas) e do Secraso (Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e de Formação Profissional do Paraná).

Durante o encontro, que teve início às 8h, os sindicatos discutiram a proposta de reajuste. O Sinpro apresentou sua proposta, e a contraproposta patronal estabeleceu a seguinte divisão para o aumento de 9,77% este ano: 4,77% referentes à inflação, 3% pagos pelo município e 2% pelas entidades. Se alguma instituição não puder arcar com os 2%, a Prefeitura cobriria o valor. Para os anos seguintes, o Sinpro propôs reajuste de 15%, mas as entidades sugerem 10% mais INPC.

Segundo André Cunha, presidente do Sinpro, a greve continua até que a Prefeitura se comprometa com a proposta. A categoria também estuda ajustar a escala mínima de atendimento, ampliando para 80% a presença de professores no berçário e reduzindo para 40% nos anos finais, garantindo atendimento adequado às crianças.

A promotora de Justiça Susana Feitosa de Lacerda, que conduziu a reunião, destacou a importância do retorno das crianças às creches e reforçou o pedido para que os pais levem os filhos às unidades. Ela afirmou que, apesar da greve ser legítima, o serviço é essencial e a liminar que exige 60% dos professores em cada uma das 63 creches deve ser cumprida.

Antes da finalização da proposta, o secretário de Gestão Pública de Londrina, Leonardo Carneiro, afirmou que o município já havia garantido o reajuste inflacionário de 4,77%, mesmo sem previsão orçamentária. A ampliação do reajuste, segundo ele, será analisada com responsabilidade. Carneiro também informou que a Prefeitura deve recorrer ao Tribunal de Justiça para pedir a ilegalidade da greve, alegando que o movimento foi deflagrado antes do encerramento das negociações.

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