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Superpopulação de coelhos preocupa moradores no Jardim Presidente, em Londrina
16 Maio

Superpopulação de coelhos preocupa moradores no Jardim Presidente, em Londrina

Moradores da avenida Voluntários da Pátria, no Jardim Presidente, zona leste de Londrina, enfrentam uma situação inusitada e preocupante: a crescente população de coelhos soltos pelas ruas do bairro. O problema, que já dura mais de um ano, teve início após alguns animais escaparem da residência de um morador que os criava como pets. Desde então, os coelhos têm se reproduzido sem controle.

Segundo relatos à Folha de Londrina, os coelhos estão causando diversos transtornos: roem fios de carros estacionados, correm risco constante de atropelamento e até representam um perigo para o trânsito local. Durante o dia, costumam se esconder em terrenos com grama alta ou casas com muros baixos e, à noite, saem em busca de alimento.

“Para quem gosta de animais, é de partir o coração ver essa situação. Já vi vários sendo atropelados. Por pena, resgatei dois, que chamei de Tico e Teco”, contou a moradora Silvia Pereira. “Um deles quase foi atropelado na minha frente. Só depois descobri que, na verdade, são macho e fêmea”, revela. Ao final da entrevista, Silvia teve uma surpresa: Tica (antes Tico) deu à luz quatro filhotes.

A rápida proliferação preocupa os moradores. A professora Márcia Coalho, especialista em produção animal da Unifil, explica que uma coelha entra no cio a cada dez dias e pode gerar de dois a sete filhotes por ninhada, com gestação de apenas 30 dias. “Em liberdade e sem controle, a população cresce em progressão geométrica. É fundamental iniciar um programa de castração o quanto antes”, alerta.

Responsabilidade e providências

Apesar de domesticado, o coelho europeu ainda é classificado como animal silvestre por não ser originário do Brasil. Por isso, a responsabilidade sobre esses casos se divide. A SEMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) informou que, por se tratar de animal silvestre domesticado, a situação deve ser tratada pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina), embora a secretaria vá até o local para verificar.

A CMTU, por meio do seu Núcleo de Bem-Estar Animal, afirmou que irá apurar a ocorrência. Se for constatado abandono ou maus-tratos, o tutor dos primeiros coelhos pode ser responsabilizado com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), com pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

Márcia Coalho também ressalta a importância da educação sobre guarda responsável. “O abandono gera impactos ambientais, riscos à saúde pública e sofrimento animal. É necessário promover campanhas educativas e oferecer alternativas, como programas públicos de castração”, defende.

Apesar dos cuidados exigidos, como alimentação adequada, espaço amplo e escovação frequente, a especialista destaca que coelhos são animais dóceis, sociáveis e ótimos como animais de estimação — desde que tratados com responsabilidade. “Só não se pode descuidar”, finaliza.

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