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Festival de Dança tem cortejo com trio elétrico às margens do Lago Igapó
11 Ago
Reprodução

Festival de Dança tem cortejo com trio elétrico às margens do Lago Igapó

O sábado e domingo, 13 e 14 de agosto, ficarão como marcos de retomada das atividades presenciais do Festival de Dança de Londrina, após mais de dois anos de interdições pela pandemia. E como pede a ocasião, o evento preparou uma festa especial a céu aberto para celebrar o reencontro do público com artistas da dança, do teatro e do circo, e para reafirmar a importância da arte para vivificar as energias.

É a extensão “Festival de Dança Convida à Vida”, cuja principal atração será um grande cortejo coreográfico que sai às ruas, puxado por um trio elétrico, no domingo (14), às 16h. A concentração será nas proximidades da rua Souza Naves, 2.380 (ao lado da Funcart). O desfile vai percorrer rua da Canoagem, às margens do Lago Igapó I, e chegará até a Barragem, onde haverá a finalização do show.

A programação traz ainda dois espetáculos que a Curitiba Cia de Dança apresenta no Teatro Universitário Ouro Verde, sempre às 20h, em parceria com o Festival de Dança: “Relações” no sábado (13), e “Dançando Villa”, no dia 14, após o cortejo. Ingressos custam R$20 e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos pelo Sympla.

Cortejo

Doze alas coreográficas representando coletivos da dança, do teatro e do circo levarão para as ruas cores e movimentos da arte londrinense. As alas serão puxadas por um trio elétrico animado pela Orquestra Ouro Verde, banda cujo repertório de música brasileira vai do axé ao samba rock. A Orquestra também vai executar uma canção-enredo chamada “Convite”, composta especialmente para a ocasião e para a qual os coletivos prepararam coreografias para serem realizadas simultaneamente durante o trajeto. Por meio das redes sociais, os grupos estão ensinando também os movimentos ao público para que ninguém fique parado durante o desfile.

A letra e concepção do enredo é de Renato Forin Jr., com música de Diogo Burka (que também assina o arranjo) e Julio Anizelli (que realiza ainda a produção musical e de áudio). Em levada de maracatu contornada de rock, os versos trazem um incentivo à retomada, como no refrão: “Este é um convite / Eu convido-te a viver / A vida ávida de axé / Pé na estrada / Pra outro amanhã”. E conclamam o convívio pacífico das diferenças em “Dar Modupé / Shalom pra Deus / E benção pra Tupã” ou “Amar até / Unir ateus / Budistas e cristãos”. Por fim, “Dançar até / Ter na alegria / O nosso talismã”. A Orquestra Ouro Verde é formada pela vocalista Lua Specian, Sara Delallo (baixo) Rafael Fuca (guitarra), André Gião (guitarra), Braulio Morais (bateria) e André Coudeiro (percussão).

O tema escolhido para a extensão e, especialmente, para o cortejo tem relação com o momento histórico vivido pela humanidade. “Quando o Festival convida à vida é um chamado para um recomeço depois de uma pandemia que espalhou tanta morte, mas também para a vontade de potência da arte em um mundo anestesiado, que está mergulhado na cultura da morte e da desesperança”, explica Renato Forin Jr., curador e coordenador de comunicação do Festival. “O evento já realizou desfiles em outras edições, mas dessa vez a ocasião é especial: é uma grande festa de reencontro depois de um acontecimento que marcou nossa geração de forma indelével”, completa Danieli Pereira, curadora e coordenadora geral do Festival de Dança.

Os coletivos que formam as alas representam diferentes modalidades da arte do movimento — como balé clássico, dança de salão, hip hop, contemporâneo e danças tradicionais — além de outras linguagens cênicas e vilas culturais. São eles: Academia de Danças Augusto Bogo; AlmA Brasil; Ballet Claudia Lima; Casa da Dança; Cia CLAC; Cia de Dança Carol Aleixo; Coletivo Funcionário Fantasma; Estranha Cia de Dança-Teatro; Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart); Lab Compani; PS Brasil e Usina Cultural. Eles foram selecionados via edital. Cada um levará um estandarte que foi produzido dentro do projeto a partir de oficina com a professora e artista visual Marika Sawaguti.

Espetáculos

Já presente, com sucesso, em edições passadas do Festival, a Curitiba Cia de Dança integra a programação desta extensão em parceria com o evento e apresenta dois espetáculos de linguagem contemporânea com direção geral de Nicole Vanoni. O primeiro, “Relações”, em cartaz no sábado (13), aborda a influência do mundo digital nos laços afetivos interpessoais. Com grandes estruturas cenográficas, entre biombos espelhados e rampas, os bailarinos coreografados por Carlos Laerte evocam questões atuais como o egocentrismo, a solidão, a fragilidade dos sentimentos, a efemeridade das conexões, a infidelidade e a dependência emocional. A classificação indicativa é de 12 anos.

Já no domingo (14) o palco do Ouro Verde recebe pela primeira vez a montagem “Dançando Villa”, inspirada na vida, personalidade e música de Heitor Villa-Lobos — compositor erudito que abriu os ouvidos e o coração para o Brasil profundo, para a arte popular nacional, principalmente a do Nordeste e do Norte. Nos movimentos, Vanoni e a coreógrafa Rosa Antuña buscam trazer lampejos das danças tradicionais, aliados a um estado corporal de entrega e sinceridade para a diversa e vasta cultura brasileira.

Após esta extensão comemorativa de retomada das atividades presenciais em agosto, a mostra oficial artística e didática do Festival acontece, como de praxe, no mês de outubro, em data já definida: do dia 7 ao 16.

O projeto tem patrocínio da Prefeitura de Londrina por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic). Conta com apoio da Casa de Cultura da UEL e da Rádio UEL e é parceiro do Bibliocircuito.

Créditos: Tem Londrina

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