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Um novo conceito em rádio!
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O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, divulgou neste domingo (19) uma nota dirigida a médicos e à população, na qual manifesta apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram contra a liminar do ministro Luís Roberto Barroso. A decisão provisória permitia que enfermeiros participassem de procedimentos de aborto nos casos previstos em lei.
No Brasil, a interrupção da gravidez é legal em situações de estupro, risco à vida da gestante e em casos de fetos anencéfalos. No sábado (18), o STF formou maioria para derrubar a liminar concedida por Barroso — que deixou o cargo nesta semana ao se aposentar.
O primeiro a divergir do voto do ex-presidente do STF foi o ministro Gilmar Mendes, seguido por Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
Na nota, Gallo afirmou esperar que o plenário mantenha essa posição no julgamento do mérito. Segundo ele, há médicos em número suficiente para atender às demandas das políticas públicas de saúde definidas pelo Estado.
O presidente do CFM destacou que decisões judiciais devem respeitar o chamado “ato médico”, previsto na Lei nº 12.842/2013.
“Os médicos são preparados para o diagnóstico e prognóstico de doenças, bem como para atuar de forma imediata em caso de eventos adversos”, afirmou.
Ele ainda advertiu que autorizar profissionais de outras categorias a realizar esses procedimentos poderia gerar “situações imprevisíveis, com desfechos indesejados devido ao aumento dos riscos”.
Na sexta-feira (17), Barroso havia concedido liminar determinando que profissionais de enfermagem não poderiam ser punidos por atuarem em abortos legais. O ministro argumentou que o legislador da década de 1940 não poderia prever os avanços tecnológicos que tornaram o procedimento seguro mesmo quando realizado por não médicos.
Para ele, o “anacronismo da legislação penal” não deveria limitar o exercício de direitos fundamentais garantidos pela Constituição. A decisão também suspendia processos penais e administrativos contra enfermeiros e proibia a criação de obstáculos à realização do aborto legal.
A liminar teve efeito imediato, mas dependia de referendo do plenário do STF — que acabou rejeitando a medida.
A Agência Brasil informou que tentou contato com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para comentar a decisão e os votos dos ministros, mas não obteve retorno até o momento.
O Hemocentro Regional de Londrina, ligado ao Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), emitiu um alerta nesta sexta-feira (17) sobre a queda nos estoques de sangue. Os tipos A-, B- e O- estão em nível crítico, o O+ em nível baixo e o AB- está zerado. A unidade reforça que todas as doações são bem-vindas, independentemente do tipo sanguíneo.
As doações são essenciais para manter o atendimento do Hemocentro, que fornece sangue e hemocomponentes a mais de 23 hospitais da região.
Para doar, é necessário:
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 devem estar acompanhados do responsável legal);
Pesar mais de 50 kg;
Estar em bom estado de saúde;
Apresentar documento oficial com foto;
Não estar em jejum — o ideal é fazer uma refeição leve uma ou duas horas antes da doação.
O Hemocentro de Londrina está localizado na Rua Cláudio Donisete Cavalieri, 156, ao lado da Maternidade do HU. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 17h.
A instituição reforça o pedido de colaboração da comunidade para garantir o abastecimento de sangue e manter os atendimentos hospitalares em dia.
Em apoio ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, a Associação Médica de Londrina (AML) realiza, pelo segundo ano consecutivo, a campanha “AMAMA – Ama a Mama”, com o objetivo de arrecadar recursos para a compra de próteses mamárias destinadas a mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama na rede pública de saúde (SUS).
As doações podem ser feitas via Pix (CNPJ 78.641.859/0001-77), com o envio do comprovante para o WhatsApp (43) 3341-1055, acompanhado da mensagem “CAMPANHA AMAMA”. A ação é aberta à participação de médicos, estudantes, laboratórios, hospitais, empresas e à comunidade em geral.
Os valores arrecadados serão utilizados na compra das próteses, negociadas diretamente com os fabricantes para reduzir custos. Hospitais credenciados poderão utilizar o crédito obtido durante a campanha para adquirir os materiais. Assim, mulheres que aguardam reconstrução mamária pelo SUS poderão realizar a cirurgia mais rapidamente, recuperando autoestima e qualidade de vida.
“A AMAMA tem um forte impacto social, pois contribui para o bem-estar das pacientes oncológicas. Além disso, a Associação Médica de Londrina garante total transparência na gestão dos recursos arrecadados”, destacou o 1º vice-presidente da AML e idealizador da campanha, Marco Aurélio Cruciol.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registra cerca de 73,6 mil novos casos de câncer de mama entre 2023 e 2025, com uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. A doença é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil, sendo mais comum a partir dos 50 anos. Embora raro, o câncer de mama também pode atingir homens — cerca de 1% dos casos.
Em 2025, o Ministério da Saúde ampliou o acesso à mamografia pelo SUS para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas, buscando aumentar as chances de diagnóstico precoce e cura. Até então, o exame era recomendado apenas a partir dos 50 anos.
A pasta também estendeu a faixa etária para o rastreamento ativo (mamografia preventiva realizada a cada dois anos), que agora abrange mulheres de até 74 anos — antes, o limite era 69. Segundo o ministério, cerca de 60% dos casos da doença ocorrem entre 50 e 74 anos.
Em 2024, o SUS realizou mais de 4 milhões de mamografias de rastreamento e 376 mil exames diagnósticos em todo o país.
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica em 2021 aponta que a reconstrução mamária ajuda mulheres mastectomizadas a superar o impacto físico e emocional do câncer. No entanto, o número de cirurgias reconstrutoras ainda está muito abaixo do necessário, deixando muitas pacientes com sequelas da mastectomia por longos períodos.
Com campanhas como a AMAMA, a Associação Médica de Londrina busca mudar essa realidade, oferecendo esperança, dignidade e qualidade de vida a mulheres que enfrentaram o câncer de mama.
Os estabelecimentos de ensino em todo o país passam a ter a obrigação de notificar os conselhos tutelares sobre casos de violência ocorridos no ambiente escolar, especialmente aqueles que envolvam automutilação e suicídio. A determinação está prevista na Lei nº 15.231, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (7).
De acordo com a nova norma, as escolas também deverão informar aos conselhos tutelares a relação de alunos com número de faltas superior a 30% do limite permitido. Além disso, deverão comunicar todas as ocorrências e dados relacionados a episódios de violência envolvendo estudantes, incluindo automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados.
Essas medidas foram incorporadas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e à Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, fortalecendo o papel da escola na proteção da saúde mental dos alunos.
A nova legislação tem origem no Projeto de Lei 270/2020, de autoria da ex-deputada federal Rejane Dias (PI), aprovado pelo Senado em setembro sob relatoria do senador Flávio Arns (PSB-PR).
Em seu parecer na Comissão de Educação do Senado, Arns destacou que a proposta é uma resposta à crescente preocupação com o bem-estar emocional dos jovens.
“A medida reforça o papel das instituições de ensino ao tornar explícita sua responsabilidade de comunicar os conselhos tutelares sobre casos de automutilação e suicídio, contribuindo para consolidar a escola como agente ativo na proteção da saúde mental dos estudantes”, afirmou o senador.
Uma chuva intensa atingiu Londrina e região na tarde desta terça-feira (8), acumulando 25,2 milímetros em apenas uma hora. Apesar do alto volume, não houve registro de ventos fortes, e os serviços de saúde e transporte público continuaram funcionando normalmente.
No Terminal Urbano Central, parte da rampa de acesso às plataformas e o corredor do mezanino precisaram ser interditados temporariamente. Segundo Alex José Luciano, gerente de Administração de Terminais da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), o problema ocorreu porque as juntas de dilatação estavam abertas devido a obras de impermeabilização, permitindo o escoamento da água para o corredor.
O trecho foi interditado até o fim da chuva e liberado nesta quarta-feira (9). No entanto, uma das rampas segue fechada, já que ainda há infiltração no local. A liberação total depende de vistoria técnica prevista para ocorrer ainda nesta tarde.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que algumas unidades também foram afetadas pela chuva, com infiltrações registradas nas UBSs Bandeirantes, Cabo Frio, Vila Nova, Vivi Xavier e Marabá, além do PA do Leonor, do Caps Infantil e da UPA Centro.
Na UBS do Jardim Bandeirantes, houve alagamento interno causado pelo entupimento de calhas, mas o reparo foi realizado ainda na terça-feira. A unidade segue atendendo normalmente, embora parte do forro da área externa tenha cedido.
Na UPA Centro, duas salas precisaram ser interditadas após infiltrações. Os pacientes foram remanejados, e o atendimento não foi interrompido. A prefeitura informou que, como o prédio é locado da Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina), os custos de reparo poderão ser abatidos do aluguel.
De acordo com a agrometeorologista Heverly Morais, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), o volume de chuva registrado em Londrina é considerado forte. Até o momento, o acumulado do mês é de 29 milímetros — ainda bem abaixo da média histórica de 156,1 mm para outubro.
O tempo deve continuar instável nesta quarta (9) e quinta-feira (10), com muitas nuvens, mas sem previsão de novas chuvas intensas. As temperaturas devem variar entre 15°C e 25°C.
Heverly lembra que, na segunda-feira (6), Londrina registrou a maior temperatura do ano até agora, com 36,6°C. Uma nova frente fria deve chegar ao Paraná entre domingo (12) e segunda-feira (13), trazendo mais chuva para a região.
Vacina contra HPV reduz casos de câncer do colo do útero em mais de 50%, aponta estudo da Fiocruz
Um estudo conduzido entre 2019 e 2023 revelou que a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) reduziu significativamente os casos de câncer do colo do útero no Brasil. A pesquisa, que analisou dados do SUS (Sistema Único de Saúde) de mais de 60 milhões de mulheres com idades entre 20 e 24 anos, foi realizada por cientistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com apoio da Royal Society e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Os resultados mostraram que a imunização reduziu em 58% os casos de câncer do colo do útero e em 67% as lesões pré-cancerosas graves (NIC3).
Publicado na revista científica The Lancet, o estudo indicou que o efeito protetor da vacina é consistente mesmo antes da idade recomendada para o rastreamento (25 anos). Segundo os pesquisadores, o imunizante se confirma como uma das estratégias mais eficazes de saúde pública para salvar vidas e reduzir desigualdades de acesso à saúde.
“O impacto observado no Brasil comprova que a vacina é eficaz também em países com recursos limitados. Esse é um passo essencial rumo à eliminação global do câncer do colo do útero”, afirmam os autores do estudo — Thiago Cerqueira-Silva, Manoel Barral-Netto e Viviane Sampaio Boaventura, da Fiocruz Bahia.
Desde 2014, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) oferece gratuitamente a vacina contra o HPV pelo SUS. Em 2024, o esquema passou a ser de dose única, conforme as evidências científicas mais recentes. Já em 2025, as diretrizes foram ampliadas para incluir adolescentes de 15 a 19 anos e grupos prioritários, como usuários de PrEP, pessoas imunossuprimidas e pacientes com papilomatose respiratória recorrente.
O câncer do colo do útero é o segundo mais comum entre mulheres brasileiras e uma das principais causas de mortalidade feminina. A vacinação é considerada decisiva para reduzir desigualdades em saúde e aproximar o país da meta da OMS (Organização Mundial da Saúde) de eliminar a doença como problema de saúde pública.
Cerca de 50% a 70% das pessoas sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida. A vacina protege contra até 98% dos tipos oncogênicos mais perigosos do vírus.
A imunização gratuita está disponível nas unidades básicas de saúde para:
Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
Homens e mulheres de 9 a 45 anos com HIV, transplantados, pacientes oncológicos ou vítimas de abuso sexual que não tenham sido vacinados;
Usuários de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV), de 15 a 45 anos, com esquema incompleto;
Pacientes com Papilomatose Respiratória Recorrente, a partir de 2 anos de idade.
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) também oferecem o imunizante a grupos com condições específicas de saúde. A vacinação é segura, eficaz e segue sendo uma das principais ferramentas para prevenir o câncer do colo do útero no Brasil.
Uma estudante de medicina veterinária denunciou por negligência a direção de uma escola municipal de Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, após seu filho, de 7 anos, supostamente ter sido vítima de abuso sexual cometido por um colega da mesma idade. O menino, diagnosticado com autismo verbal, só conseguiu relatar o ocorrido três meses depois. Para preservar os envolvidos, a identidade das crianças e o nome da escola não foram divulgados.
Segundo a mãe, o caso teria acontecido em maio, pouco depois da comemoração do Dia das Mães, mas o menino só contou à família em agosto. “Meu filho sentia vergonha de falar sobre isso. Ele dizia que o colega, que já fazia bullying, o perseguia e abusava dele no banheiro durante o recreio”, relatou em entrevista ao Portal Bonde.
A mulher afirmou que o filho demonstrava comportamento diferente após o suposto abuso, pedindo com frequência para ir embora antes do recreio.
A mãe procurou a direção da escola para relatar o que havia acontecido, mas afirma ter sido desencorajada a registrar boletim de ocorrência. “A diretora e uma assistente social disseram que, se eu processasse alguém, envolveria ‘gente grande’. Fiquei com medo e me senti coagida”, contou.
Ela também destacou que o colega envolvido já apresentava histórico de bullying contra o filho e outras crianças, o que, segundo ela, havia sido informado à escola anteriormente. “Eles acham que o meu filho está inventando porque é autista”, lamentou.
Após insistir, a estudante conseguiu registrar o boletim de ocorrência em 22 de setembro, com apoio de um advogado. Ela relatou que enfrentou dificuldades no processo, sendo encaminhada várias vezes entre a Polícia Civil e o Conselho Tutelar antes de conseguir registrar o caso e realizar o exame de corpo de delito no IML de Londrina. O laudo não foi divulgado.
A Polícia Civil confirmou que investiga a denúncia. No entanto, como ambos os envolvidos têm menos de 12 anos, o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar.
De acordo com a mãe, o menino sofreu um surto emocional após o ocorrido e precisou ser internado no Hospital das Clínicas de Londrina, onde recebe acompanhamento psiquiátrico. “Ele ficou muito agressivo e precisou de atendimento do Samu. Agora, está em outra escola e em tratamento contínuo”, afirmou.
Procurada pela reportagem, a diretora da escola não quis se manifestar. Em nota, a Prefeitura de Cambé informou que acompanha “com atenção e sensibilidade” o caso e que “todas as providências estão sendo encaminhadas e averiguadas pelos órgãos competentes”.
O município afirmou ainda que as duas crianças e suas famílias recebem acompanhamento multidisciplinar. “Por se tratarem de menores de 12 anos, as medidas têm caráter exclusivamente protetivo, priorizando o bem-estar e a integridade de ambas”, destacou o comunicado.
A Secretaria Municipal de Educação declarou que a diretora “agiu corretamente, ouvindo a mãe e contando com o acompanhamento de uma assistente social para documentar a reunião”.
A prefeitura reforçou que “a preservação da identidade e da dignidade dos envolvidos é fundamental” e reiterou o compromisso com a proteção da infância e colaboração com as autoridades na apuração do caso.
O Procon-PR, em parceria com os Procons Municipais, divulgou nesta quinta-feira (2) uma recomendação administrativa direcionada a distribuidoras, bares, restaurantes e demais estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. A medida integra ações de fiscalização para prevenir casos de intoxicação por metanol.
O órgão orienta consumidores a não adquirirem bebidas em locais que ofereçam preços muito abaixo do mercado ou que não emitam nota fiscal. Já os estabelecimentos devem redobrar os cuidados no manuseio dos produtos, lembrando que o Código de Defesa do Consumidor estabelece responsabilidade solidária e objetiva em casos de prejuízo ao cliente.
Entre as recomendações, estão: a proibição de transvasar ou recondicionar bebidas, a retirada imediata de produtos sem rótulo ou nota de procedência dos estoques e prateleiras, além da obrigação de comunicar autoridades sanitárias sempre que houver suspeita sobre a qualidade dos itens.
De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Valdemar Jorge, o Estado acompanha os casos registrados em outros locais do país. “É imprescindível que as empresas guardem notas fiscais e documentos que possibilitem o rastreamento das mercadorias. Caso sejam identificados prejuízos ao consumidor, a responsabilidade será das empresas”, afirmou.
A coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, destacou que, além da recomendação, as fiscalizações em estabelecimentos estão sendo intensificadas. Denúncias podem ser feitas pelos canais oficiais do Procon.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também emitiu uma Nota Técnica às Regionais de Saúde, reforçando a necessidade de monitoramento e notificação compulsória em casos de intoxicação por metanol. Em São Paulo, cinco mortes estão sob investigação e outros 22 casos suspeitos foram registrados, todos relacionados ao consumo de bebidas clandestinas ou falsificadas.
No Paraná, não há registros semelhantes em 2025. Os três casos de intoxicação por metanol identificados até agora envolveram ingestão voluntária da substância. A intoxicação é considerada uma emergência médica grave, podendo causar cegueira permanente ou morte.
O Estado também avalia a compra de antídotos específicos para o tratamento de intoxicação por metanol.
Até 6 horas após a ingestão: sonolência, tontura, náuseas, dor abdominal, vômitos, confusão mental, taquicardia e queda de pressão.
Entre 6 e 24 horas após a ingestão: visão turva, sensibilidade à luz, perda da visão de cores, convulsões e até coma.
O Paraná conta com o CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), que presta apoio a profissionais de saúde. O atendimento está disponível pelos números: 0800 0410 148 (Curitiba), (43) 3371-2244 (Londrina), (44) 3011-9127 (Maringá) e (45) 3321-5261 (Cascavel).
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta terça-feira (30) a primeira morte no estado causada pela ingestão de bebida adulterada com metanol. Outros quatro óbitos estão sob investigação pela mesma suspeita. Ao todo, as autoridades analisam 27 casos, entre mortes e intoxicações.
O anúncio gerou divergências sobre os números oficiais. Durante coletiva, Tarcísio informou que, dos 22 casos suspeitos, cinco foram confirmados e 17 seguem em investigação. Já o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, afirmou que sete estão confirmados e 15 são investigados. Apesar da diferença, ambos concordaram que há uma morte confirmada por metanol e quatro em análise.
Uma das vítimas é de São Bernardo do Campo, mas teria consumido a bebida na capital paulista. O governador determinou a criação de um gabinete de crise e a interdição cautelar de todos os estabelecimentos ligados ao consumo das bebidas adulteradas. Ele também destacou que já foram apreendidas 50 mil garrafas suspeitas e 15 milhões de selos falsificados.
O metanol, usado de forma ilegal para adulterar bebidas alcoólicas de marcas conhecidas, é uma substância tóxica, inflamável e de difícil identificação. Sua ingestão pode provocar náusea, convulsões, cegueira e até morte.
Mais cedo, em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou que a Polícia Federal abriu investigação para rastrear a origem do metanol e apurar a possibilidade de atuação da rede de distribuição também em outros estados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (29) uma lei que amplia a licença-maternidade e o salário-maternidade quando a mãe ou o bebê permanecerem internados por mais de duas semanas após o parto. Nesses casos, o afastamento passará a contar 120 dias a partir da alta hospitalar, descontando o período de repouso anterior ao parto, se houver.
A nova norma altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei de Benefícios da Previdência Social, garantindo que o salário-maternidade seja pago durante toda a internação e por mais 120 dias após a alta, também com desconto do tempo de benefício recebido antes do parto, quando aplicável.
Até então, a prorrogação desses direitos era assegurada apenas por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A sanção foi anunciada durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília, que segue até quarta-feira (1º/10) com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”. Segundo o governo federal, o evento retoma a principal instância de participação social voltada à promoção da igualdade de gênero no país — a última edição ocorreu em 2016, no governo Dilma Rousseff.