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Um novo conceito em rádio!
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A Secretaria de Saúde de Londrina lançou nesta quinta-feira (6) a campanha Novembro Azul, voltada à saúde do homem. As UBSs terão horário estendido até as 21h e oferecerão um “combo do bigode”, conjunto de exames laboratoriais para prevenir obesidade, diabetes e hipertensão.
Homens a partir dos 40 anos formam o público prioritário, com expectativa de atender entre 5 e 10 mil pacientes até o fim do mês. As ações também serão levadas a feiras, empresas, praças e eventos, com apoio de parceiros como o Sindicato dos Motoristas de Aplicativo.
Além disso, a secretária Vivian Feijó informou que as obras de dois dos três Prontos Atendimentos Municipais (PAMs) — nos bairros Parigot de Souza e São Pedro — devem ser concluídas até o fim do ano, com início dos atendimentos previsto para 2026. O investimento total nas três unidades ultrapassa R$ 19 milhões.
A Secretaria de Saúde de Londrina publicou nesta quarta-feira (5) uma portaria com novas orientações para os profissionais da rede municipal sobre a emissão de atestados médicos. As regras passam a valer a partir de 17 de novembro.
De acordo com a secretária municipal Vivian Feijó, há um aumento expressivo na procura pelos serviços de urgência e emergência nas segundas e terças-feiras, principalmente por casos verdes e azuis, considerados de baixo risco. “São situações simples, sem gravidade ou risco de vida”, explicou.
Com a mudança, pacientes nessas condições receberão uma declaração de comparecimento, informando o período em que permaneceram em atendimento. A emissão de atestados continuará sendo uma decisão do médico responsável, que definirá o tempo necessário de afastamento. A secretária destacou que a medida já é adotada em cidades como Maringá, Curitiba, Foz do Iguaçu e Guarapuava.
O novo protocolo foi desenvolvido em parceria com a Associação Médica de Londrina (AML) e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). Vivian ressaltou que, embora não se possa afirmar que há procura indevida por atestados, existe uma demanda elevada e até casos de agressividade de usuários insatisfeitos com o número de dias concedidos.
Ela reforçou que o direito ao atestado será garantido quando houver indicação médica, conforme os protocolos estabelecidos. Já a declaração de comparecimento poderá ser emitida por outros profissionais da equipe de saúde e se limita ao tempo de permanência do paciente na unidade. Atestados de um dia ou mais só serão emitidos em casos mais graves, que exijam repouso prolongado ou internação.
Atestados para acompanhantes também serão concedidos apenas em situações específicas, como no cuidado a idosos, crianças ou pessoas com deficiência.
Uma parceria entre a Prefeitura de Londrina e o Hospital Vascular permitiu zerar a fila de espera por cirurgias de varizes no município. De janeiro a outubro deste ano, cerca de sete mil pacientes foram atendidos e 1.274 passaram pelo procedimento cirúrgico, incluindo 120 pessoas com mais de 80 anos.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo diretor administrativo do Hospital Vascular, cirurgião Rodrigo Gomes, que destacou que as varizes afetam cerca de 30% da população, sendo mais comuns em mulheres acima dos 40 anos. A doença é também a décima principal causa de afastamentos do trabalho.
Segundo o médico, alguns pacientes aguardavam o procedimento há mais de nove anos. Ele explicou que um dos principais motivos da demora é o medo do tempo de recuperação, que no modelo convencional pode chegar a 30 dias.
No Hospital Vascular, o tratamento é feito de forma minimamente invasiva, com uso de laser, o que reduz o período de repouso para apenas dois dias. “Oferecemos aos pacientes do SUS o mesmo padrão de atendimento dos particulares, com tecnologia de ponta e toda a expertise da equipe”, ressaltou Gomes.
Entre as cirurgias realizadas, 120 foram em idosos acima dos 80 anos, grupo que exige cuidados especiais devido a possíveis complicações da doença.
Durante o evento, Gomes também alertou para a trombose, uma das complicações das varizes e responsável por mais mortes que o câncer de mama, a aids e os acidentes de trânsito juntos. Para reforçar a prevenção, o hospital anunciou a doação de 100 check-ups vasculares gratuitos ao município.
Os principais sinais da trombose são inchaço, dor e vermelhidão local, e pessoas com hipertensão, diabetes ou colesterol alto devem procurar avaliação médica.
Com o fim da fila, pacientes que buscam atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) agora conseguem uma consulta especializada em até 60 dias, e, se necessário, realizam a cirurgia em até 90 dias.
Gomes destacou que o Hospital Vascular pretende seguir como um “pilar estratégico” do SUS em Londrina e que o mutirão foi apenas o primeiro passo. “A gente tem confiança de que não vai parar”, afirmou.
A secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, confirmou que o contrato com o hospital continua vigente e que o município busca ampliar as parcerias com outras instituições. “Os resultados para a população são muito positivos”, disse.
O prefeito Tiago Amaral (PSD) ressaltou a importância da cooperação entre o poder público e a iniciativa privada. “O SUS precisa de parceiros. Quando todos trabalham juntos, a saúde da população avança”, declarou.
Entre os pacientes beneficiados está Luiz Vicente Verillo, de 74 anos, que aguardava pela cirurgia há mais de três anos. Recuperando-se bem, ele afirma estar “feliz e sem dor” e elogia o atendimento da equipe, que classificou como “de primeira”.
Verillo contou que, antes da cirurgia, chegou a sentir fortes dores nas pernas durante uma viagem ao Santuário de Aparecida (SP). Agora, planeja retornar ao local para agradecer, assim que concluir o período de repouso.
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Quer que eu reestruture esse texto em formato de matéria jornalística para site (com subtítulos, aspas e lead mais enxuto) ou para rádio (com linguagem mais oral e direta)?
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, divulgou neste domingo (19) uma nota dirigida a médicos e à população, na qual manifesta apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votaram contra a liminar do ministro Luís Roberto Barroso. A decisão provisória permitia que enfermeiros participassem de procedimentos de aborto nos casos previstos em lei.
No Brasil, a interrupção da gravidez é legal em situações de estupro, risco à vida da gestante e em casos de fetos anencéfalos. No sábado (18), o STF formou maioria para derrubar a liminar concedida por Barroso — que deixou o cargo nesta semana ao se aposentar.
O primeiro a divergir do voto do ex-presidente do STF foi o ministro Gilmar Mendes, seguido por Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
Na nota, Gallo afirmou esperar que o plenário mantenha essa posição no julgamento do mérito. Segundo ele, há médicos em número suficiente para atender às demandas das políticas públicas de saúde definidas pelo Estado.
O presidente do CFM destacou que decisões judiciais devem respeitar o chamado “ato médico”, previsto na Lei nº 12.842/2013.
“Os médicos são preparados para o diagnóstico e prognóstico de doenças, bem como para atuar de forma imediata em caso de eventos adversos”, afirmou.
Ele ainda advertiu que autorizar profissionais de outras categorias a realizar esses procedimentos poderia gerar “situações imprevisíveis, com desfechos indesejados devido ao aumento dos riscos”.
Na sexta-feira (17), Barroso havia concedido liminar determinando que profissionais de enfermagem não poderiam ser punidos por atuarem em abortos legais. O ministro argumentou que o legislador da década de 1940 não poderia prever os avanços tecnológicos que tornaram o procedimento seguro mesmo quando realizado por não médicos.
Para ele, o “anacronismo da legislação penal” não deveria limitar o exercício de direitos fundamentais garantidos pela Constituição. A decisão também suspendia processos penais e administrativos contra enfermeiros e proibia a criação de obstáculos à realização do aborto legal.
A liminar teve efeito imediato, mas dependia de referendo do plenário do STF — que acabou rejeitando a medida.
A Agência Brasil informou que tentou contato com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para comentar a decisão e os votos dos ministros, mas não obteve retorno até o momento.
O Hemocentro Regional de Londrina, ligado ao Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), emitiu um alerta nesta sexta-feira (17) sobre a queda nos estoques de sangue. Os tipos A-, B- e O- estão em nível crítico, o O+ em nível baixo e o AB- está zerado. A unidade reforça que todas as doações são bem-vindas, independentemente do tipo sanguíneo.
As doações são essenciais para manter o atendimento do Hemocentro, que fornece sangue e hemocomponentes a mais de 23 hospitais da região.
Para doar, é necessário:
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 devem estar acompanhados do responsável legal);
Pesar mais de 50 kg;
Estar em bom estado de saúde;
Apresentar documento oficial com foto;
Não estar em jejum — o ideal é fazer uma refeição leve uma ou duas horas antes da doação.
O Hemocentro de Londrina está localizado na Rua Cláudio Donisete Cavalieri, 156, ao lado da Maternidade do HU. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 17h.
A instituição reforça o pedido de colaboração da comunidade para garantir o abastecimento de sangue e manter os atendimentos hospitalares em dia.
Em apoio ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, a Associação Médica de Londrina (AML) realiza, pelo segundo ano consecutivo, a campanha “AMAMA – Ama a Mama”, com o objetivo de arrecadar recursos para a compra de próteses mamárias destinadas a mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama na rede pública de saúde (SUS).
As doações podem ser feitas via Pix (CNPJ 78.641.859/0001-77), com o envio do comprovante para o WhatsApp (43) 3341-1055, acompanhado da mensagem “CAMPANHA AMAMA”. A ação é aberta à participação de médicos, estudantes, laboratórios, hospitais, empresas e à comunidade em geral.
Os valores arrecadados serão utilizados na compra das próteses, negociadas diretamente com os fabricantes para reduzir custos. Hospitais credenciados poderão utilizar o crédito obtido durante a campanha para adquirir os materiais. Assim, mulheres que aguardam reconstrução mamária pelo SUS poderão realizar a cirurgia mais rapidamente, recuperando autoestima e qualidade de vida.
“A AMAMA tem um forte impacto social, pois contribui para o bem-estar das pacientes oncológicas. Além disso, a Associação Médica de Londrina garante total transparência na gestão dos recursos arrecadados”, destacou o 1º vice-presidente da AML e idealizador da campanha, Marco Aurélio Cruciol.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registra cerca de 73,6 mil novos casos de câncer de mama entre 2023 e 2025, com uma taxa de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. A doença é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil, sendo mais comum a partir dos 50 anos. Embora raro, o câncer de mama também pode atingir homens — cerca de 1% dos casos.
Em 2025, o Ministério da Saúde ampliou o acesso à mamografia pelo SUS para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas, buscando aumentar as chances de diagnóstico precoce e cura. Até então, o exame era recomendado apenas a partir dos 50 anos.
A pasta também estendeu a faixa etária para o rastreamento ativo (mamografia preventiva realizada a cada dois anos), que agora abrange mulheres de até 74 anos — antes, o limite era 69. Segundo o ministério, cerca de 60% dos casos da doença ocorrem entre 50 e 74 anos.
Em 2024, o SUS realizou mais de 4 milhões de mamografias de rastreamento e 376 mil exames diagnósticos em todo o país.
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica em 2021 aponta que a reconstrução mamária ajuda mulheres mastectomizadas a superar o impacto físico e emocional do câncer. No entanto, o número de cirurgias reconstrutoras ainda está muito abaixo do necessário, deixando muitas pacientes com sequelas da mastectomia por longos períodos.
Com campanhas como a AMAMA, a Associação Médica de Londrina busca mudar essa realidade, oferecendo esperança, dignidade e qualidade de vida a mulheres que enfrentaram o câncer de mama.
Os estabelecimentos de ensino em todo o país passam a ter a obrigação de notificar os conselhos tutelares sobre casos de violência ocorridos no ambiente escolar, especialmente aqueles que envolvam automutilação e suicídio. A determinação está prevista na Lei nº 15.231, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (7).
De acordo com a nova norma, as escolas também deverão informar aos conselhos tutelares a relação de alunos com número de faltas superior a 30% do limite permitido. Além disso, deverão comunicar todas as ocorrências e dados relacionados a episódios de violência envolvendo estudantes, incluindo automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados.
Essas medidas foram incorporadas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e à Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, fortalecendo o papel da escola na proteção da saúde mental dos alunos.
A nova legislação tem origem no Projeto de Lei 270/2020, de autoria da ex-deputada federal Rejane Dias (PI), aprovado pelo Senado em setembro sob relatoria do senador Flávio Arns (PSB-PR).
Em seu parecer na Comissão de Educação do Senado, Arns destacou que a proposta é uma resposta à crescente preocupação com o bem-estar emocional dos jovens.
“A medida reforça o papel das instituições de ensino ao tornar explícita sua responsabilidade de comunicar os conselhos tutelares sobre casos de automutilação e suicídio, contribuindo para consolidar a escola como agente ativo na proteção da saúde mental dos estudantes”, afirmou o senador.
Uma chuva intensa atingiu Londrina e região na tarde desta terça-feira (8), acumulando 25,2 milímetros em apenas uma hora. Apesar do alto volume, não houve registro de ventos fortes, e os serviços de saúde e transporte público continuaram funcionando normalmente.
No Terminal Urbano Central, parte da rampa de acesso às plataformas e o corredor do mezanino precisaram ser interditados temporariamente. Segundo Alex José Luciano, gerente de Administração de Terminais da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), o problema ocorreu porque as juntas de dilatação estavam abertas devido a obras de impermeabilização, permitindo o escoamento da água para o corredor.
O trecho foi interditado até o fim da chuva e liberado nesta quarta-feira (9). No entanto, uma das rampas segue fechada, já que ainda há infiltração no local. A liberação total depende de vistoria técnica prevista para ocorrer ainda nesta tarde.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que algumas unidades também foram afetadas pela chuva, com infiltrações registradas nas UBSs Bandeirantes, Cabo Frio, Vila Nova, Vivi Xavier e Marabá, além do PA do Leonor, do Caps Infantil e da UPA Centro.
Na UBS do Jardim Bandeirantes, houve alagamento interno causado pelo entupimento de calhas, mas o reparo foi realizado ainda na terça-feira. A unidade segue atendendo normalmente, embora parte do forro da área externa tenha cedido.
Na UPA Centro, duas salas precisaram ser interditadas após infiltrações. Os pacientes foram remanejados, e o atendimento não foi interrompido. A prefeitura informou que, como o prédio é locado da Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina), os custos de reparo poderão ser abatidos do aluguel.
De acordo com a agrometeorologista Heverly Morais, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), o volume de chuva registrado em Londrina é considerado forte. Até o momento, o acumulado do mês é de 29 milímetros — ainda bem abaixo da média histórica de 156,1 mm para outubro.
O tempo deve continuar instável nesta quarta (9) e quinta-feira (10), com muitas nuvens, mas sem previsão de novas chuvas intensas. As temperaturas devem variar entre 15°C e 25°C.
Heverly lembra que, na segunda-feira (6), Londrina registrou a maior temperatura do ano até agora, com 36,6°C. Uma nova frente fria deve chegar ao Paraná entre domingo (12) e segunda-feira (13), trazendo mais chuva para a região.
Vacina contra HPV reduz casos de câncer do colo do útero em mais de 50%, aponta estudo da Fiocruz
Um estudo conduzido entre 2019 e 2023 revelou que a vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) reduziu significativamente os casos de câncer do colo do útero no Brasil. A pesquisa, que analisou dados do SUS (Sistema Único de Saúde) de mais de 60 milhões de mulheres com idades entre 20 e 24 anos, foi realizada por cientistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) com apoio da Royal Society e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Os resultados mostraram que a imunização reduziu em 58% os casos de câncer do colo do útero e em 67% as lesões pré-cancerosas graves (NIC3).
Publicado na revista científica The Lancet, o estudo indicou que o efeito protetor da vacina é consistente mesmo antes da idade recomendada para o rastreamento (25 anos). Segundo os pesquisadores, o imunizante se confirma como uma das estratégias mais eficazes de saúde pública para salvar vidas e reduzir desigualdades de acesso à saúde.
“O impacto observado no Brasil comprova que a vacina é eficaz também em países com recursos limitados. Esse é um passo essencial rumo à eliminação global do câncer do colo do útero”, afirmam os autores do estudo — Thiago Cerqueira-Silva, Manoel Barral-Netto e Viviane Sampaio Boaventura, da Fiocruz Bahia.
Desde 2014, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) oferece gratuitamente a vacina contra o HPV pelo SUS. Em 2024, o esquema passou a ser de dose única, conforme as evidências científicas mais recentes. Já em 2025, as diretrizes foram ampliadas para incluir adolescentes de 15 a 19 anos e grupos prioritários, como usuários de PrEP, pessoas imunossuprimidas e pacientes com papilomatose respiratória recorrente.
O câncer do colo do útero é o segundo mais comum entre mulheres brasileiras e uma das principais causas de mortalidade feminina. A vacinação é considerada decisiva para reduzir desigualdades em saúde e aproximar o país da meta da OMS (Organização Mundial da Saúde) de eliminar a doença como problema de saúde pública.
Cerca de 50% a 70% das pessoas sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida. A vacina protege contra até 98% dos tipos oncogênicos mais perigosos do vírus.
A imunização gratuita está disponível nas unidades básicas de saúde para:
Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
Homens e mulheres de 9 a 45 anos com HIV, transplantados, pacientes oncológicos ou vítimas de abuso sexual que não tenham sido vacinados;
Usuários de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV), de 15 a 45 anos, com esquema incompleto;
Pacientes com Papilomatose Respiratória Recorrente, a partir de 2 anos de idade.
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) também oferecem o imunizante a grupos com condições específicas de saúde. A vacinação é segura, eficaz e segue sendo uma das principais ferramentas para prevenir o câncer do colo do útero no Brasil.
Uma estudante de medicina veterinária denunciou por negligência a direção de uma escola municipal de Cambé, na Região Metropolitana de Londrina, após seu filho, de 7 anos, supostamente ter sido vítima de abuso sexual cometido por um colega da mesma idade. O menino, diagnosticado com autismo verbal, só conseguiu relatar o ocorrido três meses depois. Para preservar os envolvidos, a identidade das crianças e o nome da escola não foram divulgados.
Segundo a mãe, o caso teria acontecido em maio, pouco depois da comemoração do Dia das Mães, mas o menino só contou à família em agosto. “Meu filho sentia vergonha de falar sobre isso. Ele dizia que o colega, que já fazia bullying, o perseguia e abusava dele no banheiro durante o recreio”, relatou em entrevista ao Portal Bonde.
A mulher afirmou que o filho demonstrava comportamento diferente após o suposto abuso, pedindo com frequência para ir embora antes do recreio.
A mãe procurou a direção da escola para relatar o que havia acontecido, mas afirma ter sido desencorajada a registrar boletim de ocorrência. “A diretora e uma assistente social disseram que, se eu processasse alguém, envolveria ‘gente grande’. Fiquei com medo e me senti coagida”, contou.
Ela também destacou que o colega envolvido já apresentava histórico de bullying contra o filho e outras crianças, o que, segundo ela, havia sido informado à escola anteriormente. “Eles acham que o meu filho está inventando porque é autista”, lamentou.
Após insistir, a estudante conseguiu registrar o boletim de ocorrência em 22 de setembro, com apoio de um advogado. Ela relatou que enfrentou dificuldades no processo, sendo encaminhada várias vezes entre a Polícia Civil e o Conselho Tutelar antes de conseguir registrar o caso e realizar o exame de corpo de delito no IML de Londrina. O laudo não foi divulgado.
A Polícia Civil confirmou que investiga a denúncia. No entanto, como ambos os envolvidos têm menos de 12 anos, o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar.
De acordo com a mãe, o menino sofreu um surto emocional após o ocorrido e precisou ser internado no Hospital das Clínicas de Londrina, onde recebe acompanhamento psiquiátrico. “Ele ficou muito agressivo e precisou de atendimento do Samu. Agora, está em outra escola e em tratamento contínuo”, afirmou.
Procurada pela reportagem, a diretora da escola não quis se manifestar. Em nota, a Prefeitura de Cambé informou que acompanha “com atenção e sensibilidade” o caso e que “todas as providências estão sendo encaminhadas e averiguadas pelos órgãos competentes”.
O município afirmou ainda que as duas crianças e suas famílias recebem acompanhamento multidisciplinar. “Por se tratarem de menores de 12 anos, as medidas têm caráter exclusivamente protetivo, priorizando o bem-estar e a integridade de ambas”, destacou o comunicado.
A Secretaria Municipal de Educação declarou que a diretora “agiu corretamente, ouvindo a mãe e contando com o acompanhamento de uma assistente social para documentar a reunião”.
A prefeitura reforçou que “a preservação da identidade e da dignidade dos envolvidos é fundamental” e reiterou o compromisso com a proteção da infância e colaboração com as autoridades na apuração do caso.



