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Há cerca de um mês, a avenida Angelina Ricci Vezozzo, na zona norte de Londrina, passou a contar com um novo limite de velocidade de 50 km/h, sendo a primeira de uma série de mudanças que a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) estuda implementar nas principais avenidas da cidade.
De acordo com o presidente da Companhia, Marcelo Cortez, estudos estão sendo feitos pela diretoria de Trânsito e as mudanças deverão avançar gradativamente para as Avenidas Ayrton Senna e Arthur Thomas (zona azul), Leste-Oeste (centro) e Francisco Gabriel Arruda (norte), para padronizar o limite de velocidade.
Um dos equipamentos que estão sendo utilizados para a coleta de dados funciona como uma espécie de câmera de monitoramento, que mede a quantidade de veículos que passam pelo local e a velocidade média. Os primeiros aparelhos entraram em funcionamento há poucos dias na região central, no cruzamento da avenida Leste-Oeste, entre as ruas Amapá e Belém, e também na rua Bahia com a Amapá.
O diretor de trânsito da CMTU, major Mário Celso Andrade, explica que, ao final do estudo, se for constatado o excesso de velocidade poderão ser implementadas novas sinalizações nas vias ou até mesmo um equipamento de radar. “Vale lembrar que antes de qualquer intervenção, faremos uma campanha de orientação a todos os condutores e pedestres porque nosso objetivo maior é garantir a segurança no trânsito”, diz.
O limite de 50 km/h que vem sendo estudado pelo órgão visa dar mais condições de reação aos condutores ante aos imprevistos que podem surgir nas vias. “Os estudos sugerem que, a 50 km/h, mesmo se houver a colisão, o impacto e os danos serão menores”, diz. Ainda segundo o diretor “corredores que abrigam escolas, estabelecimentos de saúde e outros polos geradores de tráfego, poderão ter a velocidade restringida até mesmo a 40 km/h”.
CAMPANHA REDUÇÃO DA VELOCIDADE
Para reduzir a violência no trânsito, a CMTU lançou nesta segunda-feira (5), a campanha “Por favor, reduza a velocidade”. A ideia é sensibilizar os motoristas sobre os perigos em abusar do acelerador.
A ação está alinhada com o programa “Visão Zero”, criado e desenvolvido na Noruega a partir de 1997. A abordagem tem como conceito a compreensão da vida como prioridade, tirando os veículos do centro dos debates sobre trânsito e mobilidade urbana.
O programa tem sido adotado em centros urbanos no País e vem de encontro à constatação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que altas velocidades provocam um efeito de afunilamento no campo visual do condutor, dificultando a percepção de pessoas e obstáculos nas ruas.
Créditos: Bonde / Folha de Londrina