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A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou ontem, por 38 votos a 14, em primeiro turno, o projeto enviado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) que autoriza o Estado a vender ações da Copel. Funcionários da companhia promoveram uma manifestação no Centro Cívico e acompanharam a votação nas galerias do plenário na tentativa de pressionar os deputados a rejeitar a proposta. O projeto tramita em regime de urgência.
O projeto transforma a Copel em companhia de capital disperso sem acionista controlador, promovendo uma oferta pública ações ordinárias e certificados de depósito de ações. A intenção é reduzir a participação do Estado no capital social da empresa de 31% para 15% e a 10% da quantidade total de votos conferidos pelas ações com direito a voto da companhia. A estimativa do Estado é arrecadar R$ 3 bilhões para investimentos com a operação.
Na prática, a empresa será privatizada e passada aos interesses dos acionistas.
Na terça-feira (22), a proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Hoje pela manhã, ela passou na Comissão de Finanças.
“O governador disse na campanha que não venderia a Copel. Depois de eleito, ele mudou de ideia”, criticou o deputado Professor Lemos (PT). “Ninguém fez campanha eleitoral para se eleger dizendo que queria ser deputado para aprovar a venda da Copel”, reforçou o deputado Tadeu Veneri (PT).
Mabel Canto chegou a reproduzir um vídeo gravado por Ratinho Jr durante a campanha em que o governador afirmou que a Copel não seria privatizada. O líder da oposição, deputado Arilson Chiorato (PT) lembrou que a companhia tem um lucro anual de R$ 5 bilhões. “Enquanto a Alemanha, Estados Unidos e França reestatiza energia e saneamento, o Paraná vende a Copel”, disse.
Os manifestantes que lotaram as galerias entoaram palavras de ordem como “a Copel é nossa”, e pediram a retirada de pauta da proposta.
O líder da bancada de oposição, deputado Arilson Chiorato, anunciou que o bloco vai entrar na Justiça com uma ação popular para tentar barrar a privatização da Copel.
Veja como votou cada deputado:
Sim
Adelino Ribeiro (PSD)
Alexandre Amaro (Repub)
Alexandre Curi (PS)
Anibelli Neto (MDB)
Artagão Junior (PSD)
Bazana (PSD)
Boca Aberta Junior (PROS)
Cantora Mara Lima (Repub)
Cobra Repórter (PSD)
Del. Fernando Martins (Repub)
Del. Jacovós (PL)
Douglas Fabrício (Cidadania)
Dr. Batista (União)
Elio Rusch (União)
Francisco Buhrer (PSD)
Galo (PP)
Gilberto Ribeiro (PL)
Gilson De Souza (PL)
Guto Silva (PP)
Homero Marchese (Repub)
Jonas Guimarães (PSD)
Luiz Carlos Martins (PP)
Luiz Fernando Guerra (União)
Marcel Micheletto (PL)
Marcio Nunes (PSD)
Mauro Moraes (União)
Natan Sperafico (PP)
Nelson Justus (União)
Nelson Luersen (União)
Paulo Litro (PSD)
Plauto Miró (União)
Reichembach (PSD)
Ricardo Arruda (PL)
Rodrigo Estacho (PSD)
Soldado Adriano José (PP)
Soldado Fruet (PROS)
Tiago Amaral (PSD)
Tião Medeiros (PP)
Não
Arilson Chiorato (PT)
Coronel Lee (DC)
Cristina Silvestri (PSDB)
Evandro Araújo (PSD)
Goura (PDT)
Luciana Rafagnin (PT)
Luiz Claudio Romanelli (PSD)
Mabel Canto (PSDB)
Marcio Pacheco (Repub)
Michele Caputo (PSDB)
Professor Lemos (PT)
Requião Filho (PT)
Tadeu Veneri (PT)
Tercílio Turini (PSD)
Créditos: Tem Londrina