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O Castramóvel, Programa Municipal de Controle Populacional de Cães e Gatos de Londrina, está comemorando três anos de existência nesta semana. Desde 2020, quando foi inaugurado, o serviço coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já atendeu 27.161 animais domésticos, oferecendo a castração, microchipagem e medicamentos pós-cirúrgicos, tudo gratuitamente.
Na data de aniversário, nesta segunda-feira (6), o Castramóvel recebeu a visita do prefeito Marcelo Belinati (PP) juntamente com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e a vereadora Daniele Ziober (PP), que defende a causa animal e foi idealizadora do projeto.
As autoridades foram conferir de perto o trabalho realizado pelo programa. Nesta semana, o veículo do projeto está sediado no Jardim Jatobá (região sul).
“É um trabalho inovador, porque Londrina nunca teve nenhuma política pública de proteção aos animais, e que começou na nossa primeira administração, com a criação do Castramóvel, do Fundo de Proteção aos Animais, do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal, e o recolhimento dos animais de grande porte”, disse o prefeito durante a visita. “Com quase 30 mil castrações, são mais de 100 mil animais que hoje poderiam estar nas ruas, e não estão”, completou Belinati.
Para executar o programa, a administração municipal investiu R$ 2,1 milhões no Castramóvel e, este ano, será aplicado mais R$ 1,1 milhão. Os procedimentos oferecidos têm um custo unitário que varia entre R$ 110 e R$ 192, com base no porte e sexo do animal.
“Desde 2017, várias políticas públicas estão sendo implementadas e, aqui, temos uma das mais exitosas, que é o Castramóvel. São quase 30 mil animais castrados desde o início de sua execução. Nós iniciamos e, logo depois, veio a pandemia, senão esses números com certeza seriam ainda maiores. E, mesmo com a pandemia, nossa equipe se organizou, de modo a garantir a realização da castração, respeitando na oportunidade todos os protocolos sanitários de distanciamento, com o agendamento em quantidade inferior ao que temos capacidade”, disse o secretário de Saúde.
Semanalmente, o micro-ônibus percorre diferentes regiões da cidade, atendendo nos bairros as famílias, entidades ou protetores independentes cadastrados pelo programa. Para fazer o cadastro, é preciso preencher os dados solicitados neste link ou enviar uma mensagem para o número de WhatsApp (43) 99997-9755. O telefone não recebe áudio ou ligações, apenas mensagens por escrito.
Uma das tutoras que estava no local, nesta segunda-feira (6), era a psicóloga Heloiza Alves dos Santos, que levou seu labrador Scooby, de 2 anos e meio, para passar pelos procedimentos. Por ser um cão de grande porte, com quase 30 quilos, as clínicas veterinárias cobrariam entre R$ 600 e R$ 1.000 pelo serviço de castração do Scooby. “É um valor que fica pesado para a gente. Por ser um cão maior, tudo fica mais caro, com muito consumo de ração, mais medicamentos, e aqui não tem esses custos. A veterinária deu toda orientação, e não preciso comprar nenhum dos medicamentos, então é algo que nos ajudou muito. E, na sexta-feira, trarei a minha outra cachorra para ser castrada também”, comemorou.
Para a vereadora Daniele Ziober, que apresentou o projeto do Castramóvel na Câmara Municipal, o programa é um grande sucesso que beneficia a toda a cidade. “Existem duas histórias para a causa animal de Londrina: uma antes de 2017, que foi quando iniciou a atual administração, e uma depois. As políticas públicas iniciaram todas ali, e o Castramóvel foi meu primeiro projeto. É uma alegria ver que estamos chegando em quase 28 mil castrações em três anos, e evitamos praticamente 130 mil animais de nascerem e sofrerem nas ruas da cidade; eu diria que é a política pública mais eficaz hoje. E Londrina foi uma das poucas cidades em que o serviço não parou nem durante a pandemia, o que para nós é uma vitória”, contou.
Diariamente, em média, o o programa atende de 40 a 50 cães e gatos, que variam entre pequeno, médio e grande porte. São animais domésticos de famílias cuja renda não ultrapasse três salários mínimos, além de protetores independentes, entidades e organizações de proteção animal. Somente os que forem aprovados na avaliação veterinária, com boas condições de saúde, são submetidos ao procedimento.
A médica veterinária Marina Paiva Branco, que acompanha o Castramóvel desde agosto de 2020, considera o programa essencial. “Todas as cidades deveriam contar com esse programa, que dá um suporte para a população que precisa. Muita gente quer castrar seus animais, mas não pode bancar devido ao gasto financeiro. E a castração é algo muito importante para os animais, pois evita doenças e procriações indesejadas, sejam em animais de rua ou os que já são acolhidos”, frisou.
Créditos: Tem Londrina