Os vereadores Mestre Madureira (PP), Mara Boca Aberta (PROS) e Chavão (PATRI), que integram a Comissão de Administração, Serviços Públicos, Fiscalização e Transparência da Câmara de Londrina, fizeram na manhã desta quinta-feira (23) vistoria a duas obras públicas em andamento no município: a construção da trincheira entre as avenidas Leste-Oeste. Na trincheira, os parlamentares foram recebidos pelo secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, e conversaram com trabalhadores da TCE Engenharia e com o engenheiro civil municipal que fiscaliza o contrato entre a Prefeitura e a empreiteira.
A obra da trincheira prevê interseção em desnível no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Avenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes (Leste-Oeste) para implantação do Sistema de Transporte Urbano BHLS – Superbus. A intervenção, que está sendo realizada pela TCE Engenharia, teve início em janeiro de 2021, com prazo de execução previsto em contrato de 720 dias (cerca de 2 anos), o que significa que a trincheira deveria ter sido entregue em janeiro deste ano. Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura, 51,25% da obra foi executada até o momento e o novo prazo oficial de entrega é 9 de julho. Porém, segundo informações repassadas nesta quinta pelo secretário de Obras, a empresa apresentou um novo cronograma, que ainda será avaliado, mas a previsão é que a trincheira seja entregue entre outubro e novembro.
A obra é financiada com recursos da Caixa Econômica Federal, com contrapartida do Município. De acordo com o vereador Mestre Madureira (PP), presidente da Comissão de Administração, Serviços Públicos, Fiscalização e Transparência, os repasses são liberados conforme a obra avança, mas as constantes chuvas e a necessidade de realizar a obra por etapas, devido ao fluxo de veículos, atrasaram a entrega. “O empreiteiro da obra mede o que foi executado, então vem o servidor da Secretaria de Obras e confere. Esse relatório é enviado para a Caixa Econômica, que verifica se vai liberar o pagamento ou não”, afirmou. Ainda segundo o vereador, o índice de 51,25% foi medido por engenheiros do Município e boa parte da obra foi realizada por baixo da pista. “Grande parte da obra que foi feita é interna, com escavações do túnel que passará por baixo”, disse.
Sobre as paralisações de trabalhadores da obra por atraso de pagamentos, o secretário municipal de Obras, João Verçosa, explicou que os repasses para a construtora são feitos após conferência, pelo gestor do contrato, das medições e de regularidade fiscal e trabalhista da empreiteira. “Nessas questões que acabam impactando na obra, nós temos feito notificação à empresa, cobrando esclarecimentos. Mas a gente faz a notificação e às vezes no mesmo dia ou no dia seguinte já resolve o problema. Então não causa um impacto tão grande assim na obra”, afirmou.
Aditivos
Desde o início da obra da trincheira, foram feitos cinco termos aditivos ao contrato.
O último deles, publicado no Jornal Oficial no dia 10 de março, apresentou novo reajuste no valor da intervenção. O valor inicial contratado foi de R$ 25.547.727,08 e, segundo o Portal da Transparência, o valor atualizado é de R$ 32.145.365,90. O site, contudo, ainda não traz os últimos dois aditivos ao contrato. Com eles, o valor sobe para R$ 34.748.396,20.
Créditos: Tem Londrina
