Uma operação realizada na última semana, resgatou dois trabalhadores em condições análogas à escravidão em Londrina e Prudentópolis, no Paraná. A ação foi realizada pela Divisão de Fiscalização Para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) do Ministério do Trabalho, por meio do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná, Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).
Em Londrina, os agentes resgataram um trabalhador com deficiência auditiva. Ele não recebia salário há 30 anos por suas atividades na produção artesanal de vassouras. No local, os foram verificadas condições degradantes de trabalho e de alojamento, além de diversas outras irregularidades trabalhistas, como a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Em Prudentópolis, na região centro-sul do estado, a vítima era um idoso que há mais de 15 anos não recebia remuneração por seu trabalho na criação de gado e no cultivo de fumo.
O MPT e a DPU celebraram acordo com o empregador do município de Londrina para pagamento das verbas trabalhistas devidas à vítima. Em relação ao patrão de Prudentópolis, não houve acordo, e haverá sua responsabilização trabalhista em ação judicial, na qual será postulado o pagamento de todas as verbas trabalhistas devidas, além de indenização ao trabalhador e por danos morais coletivos.
O relatório da fiscalização também foi encaminhado à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) para investigar o crime de redução de trabalhadores em condições análogas às de escravo.
CREDITO: TEM LONDRINA
