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A adesão dos funcionários dos Correios de Londrina à greve da categoria chegou a 80%, segundo o Sintcom (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná).
De acordo com o diretor regional da entidade, Cristian Pires, houve aumento na paralisação, que chegou a 90% entre os servidores que atuam nas atividades operacionais da estatal. Já o atendimento nas agências teve redução de 50% devido à greve, afirma. "Com poucas pessoas, os funcionários conseguem trabalhar [nas agencias], mas deve começar a haver atrasos nas entregas", alerta. Ainda segundo o líder sindical em Londrina, apenas o setor de encomendas ainda está operando. Já a divisão de cartas está praticamente parada.
Os servidores dos Correios entraram em greve para reivindicar a manutenção do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) firmado em 2019, com validade por dois anos. No início da pandemia, os Correios recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reduzir a validade para apenas um ano - assim, o acordo perderia a vigência em agosto. O pedido foi atendido por meio de liminar e, nesta semana, a Côrte julga o mérito da ação. O mesmo ACT foi homologado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). Segundo Pires, como o julgamento não terminou e a empresa não desistiu da ação, os funcionários não desistiram da greve. Ele diz que, nesta quinta (20), deve percorrer cidades da região para angariar reforços à paralisação. A assessoria de imprensa dos Correios no Paraná não informou qual a adesão dos funcionários à paralisação - apenas respondeu que, na manhã de terça-feira (18), "83% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente". Também reiterou que a empresa "colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas".
A nota ainda afirma que "a rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios".
Créditos: Bonde