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O preço médio da cesta básica em Londrina manteve a tendência de queda e recuou mais 4% no mês de junho, fechando no valor de R$ 558,58. Em maio, quando também foi registrado esse percentual, o preço era estimado em R$ 582,03, levando em consideração a média de 11 supermercados da cidade. O dado consta na pesquisa realizada mensalmente pelo NuPEA (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), que é mantido pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e pela UEL (Universidade Estadual de Londrina). Entre os produtos com maior redução de preço está a margarina, com -12,9%, a carne, com -12,2%, e o feijão, com -9,2%. Na outra ponta, a batata, com +27,5%, a banana, com +23,4%, e açúcar, com +2,5%, e o pão, com +1,3%, foram os únicos dos 13 itens com aumento. O coordenador do NuPEA, Marcos Rambalducci, explica que já era projetada uma nova queda no valor da cesta básica, já que em abril foi registrado um aumento muito significativo, na casa dos 8,9%. Agora, com duas quedas consecutivas de 4% - em maio e em junho -, os valores estão próximos dos praticados em março. “Nós tivemos uma normalidade climática, com raros produtos da área de hortifruti representando uma elevação, mas no resto, tudo normal”, afirma Rambalducci. O coordenador cita a carne como grande responsável por puxar os preços para baixo. A redução é reflexo direto do aumento da oferta no mercado. “É interessante observar que a produção de carne segue alguns ciclos, e estamos em um ciclo de muita oferta este ano. Isso acabou fazendo com que tivéssemos uma redução no preço em função dessa maior quantidade ofertada”, ressaltando que o período de inverno é mais complicado para a produção bovina, uma vez que é necessário alimentar o gado com ração devido à escassez das pastagens. Para o próximo mês, Rambalducci avalia uma alta mais acentuada no leite, que em junho teve queda de -0,7%, mas o restante dos produtos deve permanecer estável. “Não consigo enxergar muito espaço para uma queda tão significativa como essa que tivemos, mas também não há espaço para aumentar, não há nenhum fato que permita a gente concluir que possa existir um aumento no preço”, acrescenta.
CREDITO: BONDE - FOLHA DE LONDRINA