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Só uma a cada duas escolas mantém políticas de combate ao racismo no Brasil
25 Jul
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Só uma a cada duas escolas mantém políticas de combate ao racismo no Brasil

Apenas metade das escolas públicas brasileiras mantinham políticas de combate ao racismo em 2021, aponta levantamento da ONG (Organização Não-Governamental) Todos Pela Educação divulgado nesta terça-feira (25). De acordo com a entidade, houve uma queda acentuada em projetos com esta finalidade quando comparado com 2015, quando três em cada quatro instituições de ensino públicas (75,6%) tinham políticas internas de conscientização contra a discriminação por raça.

O levantamento foi feito com base em respostas de diretores e diretoras de instituições de ensino ao Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), aplicado de forma bienal. De acordo com as respostas dos dirigentes escolares, verificou-se uma progressão de 2011 (66,7% das escolas) e 2013 (68,8%) até 2015 (75,6%), quando começou a apresentar queda em 2017 (72,5%) e, mais acentuadamente, em 2019 (52,2%) e 2021 (50,1%).

O mesmo estudo indica queda nos projeto de combate ao machismo e homofobias em escolas públicas: se, em 2017, 43,7% (quase metade) das escolas trabalhavam os temas contra estes preconceitos, o percentual caiu para 25,5% (uma a cada quatro escolas) em 2021.

 

Para a analista de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Daniela Mendes , o avanço de uma pauta ultraconservadora nos últimos anos, os impactos da pandemia e a falta de coordenação nacional durante a última gestão do Ministério da Educação são fatores que podem ter influenciado o cenário.

 

“A Educação vai além da transferência de conteúdos técnicos para os estudantes. A escola precisa ser um espaço de acolhimento, respeito e valorização das diversidades. Melhorar a qualidade da Educação brasileira significa também promover um ensino intencionalmente antirracista e voltado para as relações étnico-raciais, além de olhar com atenção para ações de combate ao machismo e à homofobia”, afirma.

CREDITO: BONDE - FOLHA DE LONDRINA 

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