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Quando o comércio fecha às 18 horas, o movimento no Centro Histórico de Londrina tem desaparecido. Para reverter esse cenário desértico em pleno coração de Londrina, os moradores e comerciantes têm buscado alternativas para poder reacender essa tradição de ocupar o espaço público. Uma delas é a Feira da Lua Central, em sua 2ª edição na noite desta terça-feira (29).
O objetivo do evento é trazer as famílias de volta ao centro com muita gastronomia em barracas que estarão distribuídas na Rua Maestro Egídio Camargo, no trajeto de paralelepípedos entre os Correios Central e a Concha Acústica.
Assim como as demais feiras da lua da cidade, o evento começa quando o sol começa a se pôr, às 18 horas, e irá até as 22 horas, com feirantes trazendo hortifruiti, embutidos e congelados, mas também barracas com comidas típicas e outras guloseimas, como torresmo fritos, crepes suíços, caldo de cana, culinária japonesa, árabe e o pastel que já é tradição nas feirinhas.
O convite da Associação dos Moradores da Concha é para que as famílias, incluindo amigos e pets, possam ocupar o Centro Histórico de Londrina também no período noturno. "Nós precisamos que os moradores do Centro Histórico e dos quatro cantos de Londrina entendam que o centro é um lugar para ser frequentado por toda família. Queremos ver vidas, casais de mão dadas na Concha Acústica, no Bosque Central, na Praça da Bandeira. É preciso resgatar isso. Esperamos que nas próximas edições da feira da terça e sexta, Londrina venha para centro de Londrina", convoca Iara Hernnnandes, presidente da Associação dos Amigos e Moradores de Centro Histórico.
Ela diz que o trabalho é de formiguinha, mas enxerga que ainda há problemas a serem encarados pelo Poder Público, como organizar ou regulamentar a distribuição de alimentos a moradores de rua. Segundo ela, algumas associações deixam marmitas no chão para moradores de rua. "Não somos contra a distribuição de comida, mas da forma que é feita e sujeira deixada depois."
MAIS SEGURANÇA
O padre Rafael Solano, responsável pela Catedral de Londrina, também realizou uma reunião na última semana com o novo comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Marcos Tordoro, para cobrar mais segurança no entorno do Bosque Central. "O Centro depois das 18 horas tem adquirido um rosto angustiante, desolado e desumano. Queremos garantir mais segurança e um olhar mais humanizado".
Ele também entende que a presença dos policiais militares ajuda nesta sensação de segurança, mas chama atenção de toda a comunidade. Isso porque sacerdote entende que o problema tem que ser encarado por todos. "Os amigos da concha fazem um trabalho maravilhoso, mas eu digo e insisto, Londrina negligencia a passagem pelo centro. A proposta da Feira da Lua é nota 10, mas os londrinenses têm que angariar a proposta de uma revitalização do Centro com a ocupação do espaço pelas pessoas, com um bosque organizado, com a segurança em dia."
O comandante-geral Marcos Tordoro, que esteve reunido com o líder católico e outras representantes do Centro Histórico, diz que o objetivo da Polícia Militar é ajudar a comunidade a resgatar o espaço público com trabalho mais próximo e humanizado. "Queremos realizar um trabalho de prevenção, observando o que aflige a população que mora e frequenta o centro. Não queremos fazer nada de ações açodadas. Ações com uso de força, apenas quando for necessário. Nosso objetivo é trazer paz e tranquilidade. É isso que buscamos em conversas com essas lideranças.
A PM informou que irá reforçar a segurança com o policiamento por 12 bicicletas que estarão circulando em diferentes locais e horários no Centro Histórico de Londrina.
SERVIÇO:
Feira da Lua Central
Horário: Das 18h às 22h
Local: Rua Maestro Egídio Camargo (em frente à Concha Acústica)
CREDITO: BONDE - FOLHA DE LONDRINA