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Prefeitura de Londrina apresenta plano de ação contra a dengue
27 Jan
Vivian Honorato/NCom

Prefeitura de Londrina apresenta plano de ação contra a dengue

Nesta segunda-feira (27), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina apresentou o Plano de Ação contra a Dengue 2025, para todo o secretariado municipal, no auditório da Prefeitura. A apresentação contou com a participação do prefeito Tiago Amaral (PSD) e foi ministrada pela coordenadora do plano e futura secretária municipal de Saúde de Londrina, Vivian Feijó, e pelo gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas. O objetivo do plano é reduzir a incidência da doença em Londrina.

Dentro do Plano de Ação está a campanha “Londrina sem Dengue – Sua ação salva vidas”, que contém uma série de atividades preventivas, de monitoramento e de combate à dengue. O lançamento da ação está previsto para o dia 7 de fevereiro, em local e horário a serem definidos.

O planejamento foi dividido em três fases: Fase 1 – Prevenção e Monitoramento; Fase 2 – Atenção Primária; Fase 3 – Rede Urgência e Emergência. Neste momento, todos os esforços da Prefeitura estão concentrados na Fase 1, de prevenção e monitoramento da dengue. Nesta etapa, estão inseridas as ações para controle vetorial e educação em saúde, aliadas à avaliação do Cenário Epidemiológico e Entomológico atual.

“Fico indignado, assim como todos os londrinenses, com Londrina liderando a quantidade de casos do Estado, por isso fizemos esta reunião integrando todos os setores que têm capacidade de apoiar as ações lideradas pela Secretaria de Saúde. A campanha Londrina sem Dengue é fundamental, precisamos contar com o apoio de toda a comunidade porque os principais focos da dengue estão dentro dos quintais das pessoas. Vamos contar com diversas estratégias para combater a dengue, algumas já existem e vamos ampliá-las e outras estamos lançando”, disse o prefeito Tiago Amaral.

A coordenadora do Plano, Vivian Feijó, contou que a Prefeitura montou um Grupo de Trabalho Especializado na temática. “Neste grupo há pessoas que já trabalham com o enfrentamento da dengue e trouxemos outras, como o professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), João Zequi, que vem como um agente inovador da construção deste processo dentro do Município. A partir deste grupo de trabalho, nós estabelecemos três fases importantes no combate à dengue para este ano”, apontou.

Estratégias

De acordo com a SMS, contemplam a as ações de prevenção e monitoramento (Fase 1), a ampliação de estratégias já adotada pela Prefeitura, como o aumento do monitoramento, que inclui a ampliação da instalação de ovitrampas em áreas estratégicas, passando de 1.014 para 1.200. As ovitrampas são armadilhas usadas para coletar os ovos de mosquitos e se configuram como um método eficaz para monitorar a presença do Aedes aegypti, que transmite a dengue. A ampliação das armadilhas deve ocorrer na zona rural, nos distritos, que atualmente está descoberta.

“É muito importante nós entendermos onde estão os Aedes e quais regiões nós vamos atacar primeiro. Para isso precisamos monitorar e reconhecer qual é o vírus. A dengue tem quatro tipos, que são a Dengue 1, 2, 3 e 4. Em Londrina e no Paraná, predominantemente, temos o 1 e 2, mas a cidade registra um aumento crescente do tipo 3. Isso nos preocupa porque este tipo tem tido um comportamento de sintomas mais graves. Por isso, é importante que a cidade saia na frente. Hoje estamos em um momento de transmissão sustentada, não é alarmante, mas a transmissão está ativa, ou seja, temos pacientes positivos. Londrina conta com mais de 700 notificações e 96 casos confirmados. Do ano passado até o começo de 2025, temos 11 pessoas com o sorotipo 3”, explicou a futura secretária.

Nesta fase, serão realizadas, ainda, ações educativas em escolas e comunidade, com foco em manejo de resíduos eliminação de criadouros. Também estão inseridas nas ações de prevenção e monitoramento, a borrifação intradomiciliar (em locais de grande circulação, como escolas); planos de gerenciamento para empresas, com inspeções trimestrais e capacitação no local; integração de dados; feiras de saúde; parceria com a arquidiocese, entre outras.

Na fase 1, também estão inseridas novas estratégias, como o uso de drones para identificação de criadouros em áreas de difícil acesso, como terrenos baldios e imóveis fechados. Também integram as novas estratégias, a instalação de armadilhas para capturar mosquitos adultos em unidades de saúde, escolas e outros locais públicos; análises laboratoriais para monitorar a resistência dos mosquitos aos inseticidas piretróides e estudo da estrutura genética das populações de Aedes aegypti. Essa ação será desenvolvida em parceria com a UEL.

Nesta fase, também haverá o Dia D contra a Dengue, provavelmente todo dia 9 de cada mês; mutirões “bota fora”, para coleta de materiais inservíveis que possam acumular água, incentivando a participação da comunidade; e aspiração de mosquitos adultos em imóveis especiais e em bloqueios de casos suspeitos. A aplicação de inseticida com carro fumacê também está prevista.

Além disso, está em curso, em Londrina, desde o ano passado, o projeto nacional de combate à dengue “Método Wolbachia”. O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti juntamente com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no mosquito, contribuindo para a redução da transmissão de arboviroses. “Londrina tem, hoje, 60% de cobertura com a Wolbachia e até abril a intenção é aumentarmos essa cobertura para 70% a 80%”, disse.

A Fase 2 do Plano de Ação envolve a Atenção Primária. Entre as estratégicas que podem ser adotadas, em caso de necessidade, estão: inserção de unidades de referência por região; ampliação do horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para até 23h; ampliação das equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ACS); e reorganização dos processos de trabalho e fluxos de atendimento.

A Fase 3, envolve a Rede de Urgência e Emergência para atender os casos de dengue.

Fonte: Tem Londrina

 

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