Será julgado nesta terça-feira (13), na 7ª Vara Cível de Londrina, o processo que opõe o empresário Agesner Monteiro da Silva à cantora Ana Castela e seus atuais empresários. A ação, de valor multimilionário, discute um investimento feito por Agesner no início da carreira da artista, em 2021, e pode chegar a R$ 200 milhões em indenizações e participação nos lucros.
O caso gira em torno de um contrato firmado em abril de 2021, no qual Agesner se comprometeu a investir R$ 100 mil na carreira da cantora, com o aval dos empresários Rodolfo Bomfim Alessi e Raphael José Soares, além dos pais da artista. Segundo Agesner, o valor investido ultrapassou R$ 200 mil, com gastos em assessoria de imprensa, marketing, produção musical e até parcerias, como a da música Pipoco, sucesso de Ana Castela.
O acordo previa divisão dos lucros: 30% para Ana Castela, 25% para cada empresário e 20% para Agesner, com direito vitalício a lucros de contratos até 2027. Também constava uma cláusula penal de R$ 5 milhões em caso de descumprimento.
No entanto, Agesner afirma que foi afastado da gestão da carreira em 2022 e que deixou de receber lucros a partir de outubro daquele ano. Ele acusa os empresários de romperem o contrato de forma irregular e de criarem empresas como AgroPlay Records e Boiadeira Music para ocultar receitas a que ele teria direito.
Na ação, Agesner pede que a Justiça reconheça a validade do contrato de 2021, garanta sua participação nos lucros até 2027, aplique a multa prevista, determine o pagamento de perdas e danos, e questione a conduta ética do advogado Fernando Buono, que representa Ana Castela e a AgroPlay.
O empresário afirma que seu objetivo inicial era apoiar a carreira da artista por acreditar em seu talento, mas atribui o rompimento à “ganância” dos gestores. Mesmo assim, diz manter uma relação de carinho com Ana Castela e espera que a situação seja resolvida.
Segundo ele, a cantora teria faturado cerca de R$ 1 bilhão até agora, o que lhe garantiria direito a até R$ 200 milhões.
A audiência está marcada para as 14h desta terça-feira (13). A reportagem procurou o advogado de Ana Castela e representantes da AgroPlay, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
