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Secretaria do Ambiente de Londrina identifica lançamento de esgoto clandestino no Igapó
17 Out

Secretaria do Ambiente de Londrina identifica lançamento de esgoto clandestino no Igapó

A Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) identificou um lançamento clandestino de esgoto feito por um condomínio residencial localizado na Gleba Palhano, área nobre da zona sul de Londrina. O despejo irregular ocorre diretamente nas águas do Lago Igapó 2 e foi descoberto após o lago apresentar uma coloração esverdeada, resultado do excesso de nutrientes provenientes do esgoto e agravado pela falta de chuvas nos últimos meses.

A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (17) pelo secretário municipal do Ambiente, Gilmar Pereira, durante coletiva de imprensa. No local, foi possível observar espuma saindo da tubulação, o que indica que o condomínio realizava limpeza utilizando produtos como detergentes.

De acordo com Pereira, o condomínio está situado na Rua Caracas e foi identificado após a equipe técnica aplicar um corante em um vaso sanitário nas áreas comuns do prédio. O teste revelou que o líquido colorido seguia diretamente para o ponto de lançamento no lago, próximo ao parque infantil.

Os responsáveis pelo condomínio foram notificados informalmente na quinta-feira (16) e de forma oficial nesta sexta. O documento concede 24 horas para cessar o despejo de esgoto. Por se tratar de um crime ambiental, o empreendimento será multado conforme a gravidade da infração e os custos gerados ao município, podendo a penalidade variar de R$ 50 a R$ 50 milhões.

Segundo o secretário, o Lago Igapó enfrenta diversos problemas ambientais, incluindo a proliferação de microalgas e macrófitas — como as alfaces-d’água — e a presença de cianobactérias, conforme laudo emitido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). As análises indicaram níveis elevados de fósforo, nitrogênio e coliformes fecais, reforçando a suspeita de descarte irregular. O caso também foi encaminhado ao Ministério Público do Meio Ambiente.

Pereira destacou que a fiscalização na bacia do Lago Igapó continuará, desde a nascente na divisa com Cambé, para identificar e coibir outros pontos de lançamento clandestino.

“Independentemente de dolo ou não, trata-se de um crime ambiental”, afirmou. Segundo ele, a multa recairá sobre o condomínio, que poderá posteriormente buscar a construtora para apurar responsabilidades sobre o sistema de drenagem e coleta de esgoto.

A escassez hídrica dos últimos meses também contribuiu para a degradação do lago. “Com menos volume de água, o tempo de retenção aumenta e, com mais luz solar, ocorre maior multiplicação de algas. Quando há despejo de esgoto, a oferta de nutrientes cresce e o problema se agrava”, explicou o secretário.

Apesar da melhora temporária após as últimas chuvas, Pereira alerta:

“Se não interrompermos práticas como essa, o Lago Igapó continuará doente.”

A Sema também investiga outro ponto de despejo irregular no Lago Cabrinha, na zona norte de Londrina. O caso segue sob apuração.

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