Há alguns dias, um comunicado circula nas redes sociais informando sobre uma paralisação geral dos caminhoneiros que estaria programada para a próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro. O documento veiculado na internet e assinado pelo diretor-presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), Plínio Nestor Dias, afirma que a suspensão dos trabalhos teria sido aprovada em assembleia geral extraordinária do conselho, realizada em 15 de dezembro de 2020, "após ampla discussão participativa”. A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), porém, trata o comunicado como "boato” e diz ser contrária à convocação de uma paralisação da categoria neste momento.
O CNTRC foi fundado recentemente e o diretor-presidente, Plínio Dias, também exerce a presidência do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos) no Paraná. De acordo com ele, o órgão foi criado para que os caminhoneiros tivessem "uma voz a nível nacional”, já que no entendimento dos trabalhadores, a CNTA e a Conftac (Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomoso de Bens e Cargas) "não estão do lado da categoria” e não apoiam a mobilização. O conselho tem diretoria constituída e estatuto formalizado, segundo o diretor-presidente. "Os caminhoneiros queriam parar em 15, 17 e 25 de dezembro, mas achamos que eles deveriam passar o final de ano com as suas famílias e como sabíamos que o Congresso iria entrar em recesso no Natal e voltaria às atividades em 1º de fevereiro, marcamos a paralisação para essa data”, disse Dias, que garante contar com a adesão de 80% dos caminhoneiros do País ao movimento.
Créditos: Grupo Folha/Bonde