Londrina completou no domingo (21) uma semana com a taxa de ocupação de leitos de enfermaria exclusivos para tratamento da Covid-19 beirando a totalidade ou com 100% de ocupação. Boletim divulgado na noite de domingo demonstrou que todas as 96 vagas disponibilizadas pelo HU (Hospital Universitário) estão sendo utilizadas. Diante da dificuldade, outros 18 pacientes tiveram que ser remanejados para alas adaptadas.
A lotação no hospital acontece num momento em que o R0, que é o índice de contaminação pelo coronavírus, apresentou queda. Durante transmissão nas redes sociais, o prefeito Marcelo Belinati e o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, informaram que a taxa na cidade está em 1.03, ou seja, cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 103. "É a menor taxa desde o início da pandemia, mas não observamos redução hospitalar”, alertaram. O número da semana anterior estava em 1.14.
O chefe do Executivo municipal creditou esta situação à possibilidade de circulação da nova cepa do coronavírus, identificada em Manaus, no Amazonas, mas que já se espalhou para outras localidades do País. Estudos científicos ainda têm avaliado se esta nova variante é mais grave, no entanto, artigos já apontam que se trata de uma linhagem mais transmissível se comparada com as demais.
"Com certeza é o caso da cepa nova de Manaus que está circulando aqui e os hospitais estão mais cheios do que antes. Estamos observando que as pessoas que estão sendo contaminadas, estão tendo gravidade maior. Estamos fazendo o sequenciamento dos casos mais graves. Temos menos infectados, no entanto, mais gente precisando do hospital. Tem gente que está internada em enfermaria e que eventualmente pode ir para o leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Vamos continuar nos protegendo”, conclamou Belinati.
Créditos: Pedro Marconi/Grupo Folha