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Com apenas 24 meses de atividade, pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) aliados a grupos de pesquisa de outras instituições conseguiram identificar sete fármacos com potencial para servir como inibidores contra o vírus causador da covid-19, em forma de spray ou comprimido. Os fármacos são resultado de uma pesquisa iniciada em meados de 2020, logo no início da pandemia no Brasil.
A intenção é que os medicamentos se aliem às vacinas no combate à doença.
Os bons resultados estão relacionados ao fato de a equipe ser multidisciplinar, reunindo 18 professores dos Departamentos de Microbiologia, Química, Histologia, Ciências Farmacêuticas, Medicina Veterinária Preventiva e Ciências da Saúde. Além da UEL, participam do projeto pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e Lakehead University, do Canadá. O projeto ainda conta com outros 10 bolsistas de Doutorado e de Pós-Doutorado, custeados com recursos do edital Capes.
De acordo com o professor Gerson Nakazato, que divide a coordenação do projeto com as professoras Sueli Ogatta, Ligia Faccin Galhardi e Marcelle Ferreira Bispo, atualmente o trabalho se encontra na segunda fase, ou seja, na análise dos antivirais in vitro. Ele explica que a fase três deve ter início neste segundo semestre do ano e prevê testes dos sete fármacos em um laboratório de contenção (Laboratório de Biossegurança Nível-3), utilizando o vírus causador da covid-19. Os testes serão realizados na USP.
A equipe identificou quatro fármacos sintéticos, cujos testes na bancada demonstraram eficácia contra a replicação do vírus. Estes compostos são considerados inibidores enzimáticos. Outros três podem ser considerados como “naturais” porque utilizam plantas conhecidas como catuaba e girassol. O terceiro utiliza um pigmento bacteriano.
De acordo com a professora Ligia Galhardi, o que determina a ação dos fármacos é a ação deles sobre o vírus. Ela explica que, uma vez comprovada a eficácia, na fase três da pesquisa, será possível desenvolver medicamentos potentes para o combate ao coronavírus. Entre as possibilidades, está o uso em forma de spray nasal, que teria a indicação de eliminar o vírus e reduzir a transmissão. Outro formato possível é a produção de um antiviral de uso oral (comprimido), capaz de reduzir a carga de vírus e impedir a evolução da doença.
Testes finais
Nessa fase dos testes, os pesquisadores pretendem verificar a eficácia dos fármacos em cobaias. Segundo Nakazato, a expectativa de que os resultados possam ser comprovados é bastante alta. Ele explica que a solução obtida até aqui é animadora, considerando também a rapidez com que a equipe conseguiu encontrar os fármacos e comprovar, em laboratório, a eficácia deles. Essa rapidez foi possível a partir do cruzamento de conhecimentos de uma equipe multidisciplinar. Outro fator foi a publicação do edital logo no início da pandemia, em junho de 2020.
A UEL foi a única instituição brasileira que teve dois projetos aprovados no edital Capes nº 11/2020, Seleção Emergencial do Programa Estratégico de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias “Capes – Fármacos e Imunologia”. Em todo o país, foram aprovados somente 38 projetos de pesquisa. Além da equipe multidisciplinar, baseada no Centro de Ciências Biológicas (CCB) e que conta com pesquisadores do CCE, CCS e CCA, a UEL conseguiu ainda aprovação do projeto “Aspectos Epidemiológicos da Infecção por SARS-CoV-2 em animais com abordagem em Saúde Única”, coordenado pelo professor Amauri Alfieri, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, do Centro de Ciências Agrárias (CCA).
Créditos: Tem Londrina