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Um estudo desenvolvido pelo Núcleo de Odontologia da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina (UEL) sobre o uso da Odontologia de Mínima Intervenção (OMI), durante a pandemia de covid-19 nos serviços públicos de saúde, foi premiado na 39ª Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPO). A cerimônia foi realizada no Centro de Convenções Expo D. Pedro, em Campinas, no último final de semana. O evento reuniu mais de 3,5 mil participantes que apresentaram mais de 3 mil trabalhos científicos.
O trabalho foi realizado nos últimos dois anos pela cirurgiã dentista Alaína Fioravante, egressa da graduação em Odontologia e da Residência Multiprofissional em Saúde da Família, orientada pelo professor Pablo Guilherme Caldarelli, do Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil (MOI), do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
A proposta do estudo foi analisar a percepção de cirurgiões-dentistas vinculados a serviços públicos de saúde sobre as técnicas de Odontologia de Mínima Intervenção praticadas durante a pandemia. Foi um estudo com abordagem qualitativa, no qual foram entrevistados nove profissionais de Londrina que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Segundo o professor Caldarelli, a Odontologia Minimamente Invasiva preza meios e ferramentas conservadoras, com foco na prevenção e na promoção da saúde e das doenças bucais. Entre as técnicas está, por exemplo, utilizar instrumentos cortantes manuais em detrimento à conhecida broca odontológica largamente usada nos consultórios e clínicas. “São práticas que abrangem desde questões técnicas até iniciativas dos profissionais, prezamos muito o autocuidado e o suporte aos pacientes”, define o professor.
Segundo ele, a premiação na Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica surpreendeu porque, em geral, são reconhecidos trabalhos de cunho técnico, como cirurgias e novas tecnologias. O caso apresentado por ele junto à banca, por outro lado, defendeu um conhecimento translacional e que tem capacidade de impactar o serviço público na ponta.
Ainda de acordo com o professor, o levantamento demonstra que é necessário difundir o conceito de OMI, que a literatura especializada coloca como importante ferramenta para o desenvolvimento de uma saúde pública. Na prática profissionais utilizam pouco as técnicas por desconhecerem os efeitos que podem trazer aos pacientes. “É uma área da odontologia de caráter social, na qual se valoriza mais o aspecto preventivo e menos o curativo”, resume.
Créditos: Tem Londrina