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Depois de duas assembleias extraordinárias realizadas ontem, a Assuel - Sindicato dos Técnicos administrativos da UEL (Universidade Estadual de Londrina) decidiu realizar um ato em frente ao Hospital Universitário na manhã desta terça-feira em posicionamento contrário ao projeto de lei 522/2022, que trata altera a gestão dos hospitais universitários. A categoria se reuniu no ambulatório clínico no campus da instituição no período da manhã e com servidores do HU no início da tarde.
Além do sindicato, uma reunião do Conselho Universitário da UEL também deliberou pelo ato público de estudantes, professores e funcionários contra a tramitação em regime de urgência da matéria que foi protocolada na última quarta-feira na AL (Assembleia Legislativa) do Paraná e pegou todos os envolvidos de surpresa.
O presidente da Assuel, Marcelo Seabra, informou que além do ato, a diretoria de Assuel irá se reunir com deputados de oposição para a retirada do projeto de lei de tramitação. Caso a manifestação não seja suficiente para um recuo da discussão do projeto de lei, a categoria irá realizar uma nova assembleia na quinta-feira para decidir sobre uma paralisação das atividades no HU e na UEL. "Vamos deliberar por greve se o governo não retirar ao menos o caráter de urgência dessa matéria."
Segundo Seabra, faltou diálogo por parte do Governo do Estado que não procurou as instituições para informar o que pretende com essa alteração na gestão que sugere que a parte administrativa poderá passar para uma OS (Organização Social) ou para fundações. "A universidade é indissociável, ou seja, ensino, pesquisa extensão têm que caminhar juntos. O HU é um hospital escola que atende o SUS (Sistema Único de Saúde) e no nosso entendimento essa terceirização vai precarizar os serviços prestados à população."
O presidente do sindicato dos servidores ainda pontuou que a área da saúde não pode se pensada pelo ótica econômica. "Com essa separação de área acadêmica e administrativa como ficam os alunos?". Sobre os funcionários do HU, Seabra prevê que a futura terceirização ou privatização da gestão, poderá acarretar na precarização da mão de obra. " Ao terceirizar, o governo vai querer propor contratação com salários menores do que os atuais e a rotatividade irá aumentar e a qualidade do atendimento irá cair", opinou.
O ato público começa a partir das 9h30 desta terça-feira, com entrada pelo estacionamento do Hemocentro Regional de Londrina (Rua Cláudio Donizete Cavalieri, 156) e atividades no Anfiteatro do Centro de Ciências da Saúde (CCS) – integrado ao HU.
Créditos: Bonde / Folha de Londrina