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Daqui a quase quatro meses começam as consultas públicas nos colégios aptos a participar do Projeto Parceiro da Escola, que prevê a terceirização da gestão de instituições de ensino no Paraná.
Em entrevista à FOLHA, o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, disse que o processo de escolha nas 204 escolas selecionadas inicia a partir de 20 de outubro. A expectativa é implantar a novidade no ano letivo de 2025.
Conforme Miranda, a consulta será semelhante à que ocorreu na implantação dos colégios cívico-militares, seguindo um processo democrático com a comunidade escolar. Outro detalhe é que a votação será preferencialmente presencial, com um quórum mínimo que ainda não está definido.
“Pais, professores, funcionários e alunos maiores de 18 anos votam para implementar ou não a parceria. As escolas já indicadas passarão pela consulta e são essas que podem participar”, garantiu.
A lei que prevê a implantação foi sancionada no início do mês pelo governador Ratinho Junior (PSD). A proposta passou na Alep (Assembleia Legislativa) sob protesto de professores, servidores e alunos, que invadiram o prédio da Casa de Leis durante os dois dias de votação em plenário.
EXPERIÊNCIA DE CINCO ANOS
Segundo Roni Miranda, o programa da Seed (Secretaria de Estado da Educação) irá melhorar os setores administrativo e de infraestrutura de escolas estaduais por meio de parceria com empresas especializadas em gestão educacional. A empresa precisará comprovar cinco anos de experiência na área e passará por uma avaliação a cada ciclo contratual.
“É também uma forma de solucionar uma das maiores queixas dos diretores das nossas escolas: tirar deles a preocupação com as demandas administrativas e financeiras. Dessa forma, a empresa contratada fica responsável pela gestão administrativa, contratação de profissionais para complementar o quadro, manutenção da infraestrutura e melhorias na segurança e materiais disponíveis na escola. Assim, o diretor escolar pode se concentrar totalmente na área pedagógica, na qualidade do ensino, enquanto o gerenciamento administrativo fica sob a responsabilidade do parceiro da escola”, explicou à FOLHA.