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Treze anos após ser oficialmente criado, o assentamento Eli Vive, na região sul de Londrina, terá uma estrutura escolar assim como outras localidades. A prefeitura lançou na última sexta-feira (14) a licitação para construir a escola municipal Trabalho Campo e Saber. Atualmente, os cerca de 200 alunos atendidos na comunidade estudam em salas de madeira feitas pelos próprios moradores. O novo espaço terá seis salas de aula, biblioteca, sala de informática, quadra coberta e locais para convivência, além de cozinha, refeitório e parte administrativa.
O valor máximo do edital é de R$ 8,6 milhões, recurso municipal. As empresas interessadas poderão apresentar as propostas até o dia 17 de maio. “Esperamos começar a construir até o segundo semestre. É uma escola que terá capacidade de atender até 445 crianças e pode ser que haja tempo integral, dependendo da demanda”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.
O prazo para edificação do prédio é dez meses a partir da assinatura da ordem de serviço. Durante a obra os alunos seguirão tendo aula nos atuais imóveis. “A escola será construída do lado de onde eles estudam hoje”, explicou.
Os professores que trabalham na unidade são transportados diariamente, assim como acontece com as crianças. O assentamento tem 109 quilômetros de estadas internas e fica a 52 quilômetros da área central da cidade. “É uma comunidade muito participativa, colaboram na definição das diretrizes pedagógicas, estão presentes nas reuniões. É uma comunidade que vê a escola como um espaço de formação do cidadão”, afirmou.
Liderança no Eli Vive, Sandra Flor Ferri avaliou que a escola deverá impactar positivamente no ensino dos estudantes. “Desde 2009, quando chegamos na antiga fazenda Guairáca, pleiteamos e lutamos por uma estrutura de qualidade. Será um prédio que atenderá nossas demandas, já que o atual não oferece conforto e não é adequado. Isso dá ânimo para continuarmos com nossa escola no campo”, pontuou.
Créditos: Bonde / Folha de Londrina