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Escolas apontam que detectores de metais não resolvem violência
11 Ago
Reprodução

Escolas apontam que detectores de metais não resolvem violência

Uma pesquisa realizada pelo Observatório de Gestão Pública (OGPL) com gestores de escolas municipais de Londrina mostra que a maioria deles não considera necessária a instalação de detectores de metais na porta das unidades de ensino.

O estudo do observatório foi motivado pela apresentação de projeto de lei que propunha a aquisição de tais equipamentos como medida de enfrentamento aos recentes episódios de violência nas escolas. “Na pesquisa, questionamos também sobre outras medidas que os gestores consideram necessárias para aumentar a sensação de segurança nos estabelecimentos de ensino”, afirma a advogada Paula Zamian, assessora jurídica do OGPL.

Ela explica que a intenção do OGPL, com a pesquisa, é colaborar com informações relevantes para a criação de políticas públicas de enfrentamento à violência nas escolas. As informações obtidas foram enviadas à Secretaria Municipal de Educação como forma de colaborar com as decisões do órgão sobre o tema.

O formulário foi enviado a 88 escolas (76 urbanas e 12 rurais) que atendem crianças do P5 ao 5º ano, na faixa etária de 5 a 11 anos e, excepcionalmente, do P4, com crianças de 4 anos. Deste total, 55 responderam ao questionário.

Nas respostas, 54,54% dos gestores afirmaram que as escolas não têm interesse na compra de detectores de metais. Outros 38,18% responderam que sim e 7,27% condicionam a utilização de detectores à contratação de um funcionário para desempenhar a função.

Em relação à viabilidade de uso dos equipamentos no horário de entrada dos alunos, considerando a fila que se formaria, 61,11% disseram que não seria viável, outros 22,22 % responderam que sim e 14,81% condicionaram a viabilidade à contratação de funcionários.

Outras medidas de segurança

Ao serem questionados sobre medidas mais eficazes para garantir a segurança, a grande maioria apontou soluções como permanência de segurança ou guarda armada nas escolas e a melhoria da estrutura física dos prédios, como levantamento de muros, manutenção de cercas, construção de quadras em ambiente fechado, assim como implantação de sistemas de videomonitoramento. De acordo com os gestores, essa também é a opinião da maioria dos pais de alunos.

Porém, foram expressivas também as sugestões relacionadas à prevenção da violência, como a maior participação das famílias na vida escolar dos alunos; orientações e palestras aos alunos, professores e famílias sobre como se portar diante de situações atípicas e sobre medidas preventivas e ações contra violência; presença de equipes de apoio emocional para alunos; e realização de projetos de fortalecimento do vínculo entre alunos e escola.

Além disso, foi sugerida a criação de “códigos de ética” para a não divulgação de casos sobre violência na escola e um trabalho mais focado em cidadania, com orientações sobre o uso seguro e responsável da internet e a importância de monitorar os conteúdos aos quais crianças e adolescentes têm acesso.

CREDITO: TEM LONDRINA 

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