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A greve das professoras dos Centros de Educação Infantil (CEIs) filantrópicos de Londrina ganhou força no segundo dia de paralisação, nesta quarta-feira (14). Segundo o Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná (Sinpro), a adesão subiu de 85% para 90% entre as cerca de 1,4 mil professoras das 63 creches.
A decisão de manter a greve foi reafirmada em assembleia, mesmo após a Justiça ter determinado, a pedido da Prefeitura, que ao menos 60% das professoras compareçam ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 5 mil ao sindicato. A liminar, no entanto, preserva o direito de greve, proíbe descontos salariais pelos dias parados e estabelece multa para instituições que pressionarem o retorno dos trabalhadores.
Nesta quarta-feira, o Sinpro enviou uma petição à Vara da Fazenda Pública de Londrina, solicitando esclarecimentos sobre como deve ser aplicado o regime de trabalho imposto pela liminar — se por escalonamento, rodízio ou outra forma. O sindicato também pediu que a Prefeitura e os sindicatos patronais participem de uma audiência de conciliação em caráter de urgência.
Outra solicitação foi a redução do percentual mínimo de professoras em atividade para 40%, alegando que seria suficiente para garantir os serviços essenciais.
Está marcada para as 10h30 desta quinta-feira (15) uma manifestação em frente à Prefeitura, com o objetivo de sensibilizar a população e retomar as negociações salariais. “Nosso movimento visa garantir melhorias salariais justas para estes profissionais”, afirmou André Cunha, presidente do Sinpro.
O principal ponto de reivindicação é a redução da diferença salarial entre professoras dos CEIs filantrópicos e dos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). As docentes das creches filantrópicas recebem R$ 2.291,10, enquanto as profissionais dos CMEIs ganham R$ 4.800, mesmo realizando funções semelhantes — uma disparidade de até 80%.
O sindicato propõe um escalonamento de reajustes até 2028, com aumentos reais de 15% em 2026 e 2027, além de 10% em 2028, somando uma valorização de 40%. “Não queremos equiparação total, mas uma aproximação justa e o reconhecimento dessas profissionais”, afirmou Moacir Szekut, do Sinpro.
Em meio à greve, a Prefeitura de Londrina se reuniu com o SINIBREF INTER, sindicato patronal que representa as instituições filantrópicas parceiras do município. Contudo, o Sinpro declarou, em nota, que não foi chamado para essa reunião e segue aguardando esclarecimentos sobre qual sindicato patronal responde oficialmente pelas creches filantrópicas de Londrina.