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Londrina pode perder recursos financeiros para pessoas com deficiência
29 Ago

Londrina pode perder recursos financeiros para pessoas com deficiência

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O Projeto de Lei nº 68/2025, em análise desde abril, cria o Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e atualiza a legislação de 2002, que instituiu o conselho e a conferência municipal. Sem essa aprovação, Londrina permanece irregular perante o Estado, impedida de receber repasses.

Segundo a Coordenação da Política Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Coede já destinou cerca de R$ 39 mil em 2025 aos municípios com documentação regularizada. Em 2024, foram distribuídos R$ 5 milhões, mas Londrina também ficou de fora.

A presidente do CMDPD, Adrielly Ganeo, alerta para a urgência da aprovação.

“O Conselho está parado esperando esse processo, porque não temos como trabalhar sem a lei. Desde janeiro falam dessa verba, mas sem o fundo não conseguimos acessar nada”, afirmou.

Os repasses variam conforme os projetos apresentados pelos municípios. Para recebê-los, é necessário obter o ARCPF (Atestado de Regularidade do Conselho, Plano e Fundo Municipal), emitido pelo Coede. A primeira janela de análise terminou em julho e a próxima encerra-se em 22 de setembro.

Ganeo diz que a equipe está se mobilizando “em tempo recorde” para atender as exigências e evitar nova perda de recursos.

Atualizações na lei

O PL 68/2025 também moderniza a legislação local, substituindo termos em desuso como “pessoa portadora de deficiência” e “deficiência mental”, alinhando-a ao Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).

Além disso, amplia a representatividade no CMDPD, incluindo pessoas com deficiência intelectual, múltipla e com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Outra mudança é a reorganização da composição institucional: sindicatos, universidades e ONGs gerais deixam de ter assento, enquanto secretarias municipais e órgãos técnicos passam a ter maior participação.

Pedido de urgência

Nesta quinta-feira (28), a líder do Executivo na Câmara, vereadora Professora Flávia Cabral (PP), apresentou pedido de urgência para acelerar a tramitação do PL. A solicitação foi aprovada por unanimidade e o projeto deve ser votado já na próxima terça-feira (2/9), após análise das comissões de Justiça, Legislação e Redação (CJLR) e de Finanças e Orçamento (CFO).

Para Ganeo, a aprovação do fundo pode representar avanços concretos na área:

“Londrina tem uma fila enorme de pessoas aguardando atendimento. Esse recurso pode ajudar a melhorar os serviços e garantir os direitos da comunidade com deficiência.”

Com mudança de endereço, UPA Centro-Oeste/Jd. do Sol ficará fechada a partir desta sexta
07 Ago

Com mudança de endereço, UPA Centro-Oeste/Jd. do Sol ficará fechada a partir desta sexta

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A partir das 7h desta sexta-feira (8), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Maria Angélica Castoldo — conhecida como UPA Centro-Oeste, no Jardim do Sol — interromperá temporariamente os atendimentos para a mudança de endereço. A reabertura está prevista para segunda-feira (11), às 7h, já no novo local: Rua Senador Souza Naves, 1.681, esquina com a Avenida Bandeirantes, onde funcionava o antigo Hospital Mater Dei.

A nova sede trará melhorias na estrutura, com espaços mais adequados e ampliação da equipe de profissionais de saúde, o que promete qualificar ainda mais o atendimento oferecido à população.

Durante a transição, a unidade receberá pacientes por demanda espontânea até às 6h da manhã de sexta-feira (8). A partir da meia-noite de hoje (7), ambulâncias do SAMU (192) e do SIATE já estão orientadas a encaminhar os casos de urgência e emergência para outras unidades da cidade.

Para garantir assistência à população durante o período de suspensão, a Secretaria Municipal de Saúde reforçou o atendimento em outras unidades. Entre sexta (8) e a madrugada de segunda (11), os pacientes devem procurar a UPA do Jardim Sabará, o Pronto Atendimento do Jardim Leonor ou a UBS do Jardim do Sol.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, toda a rede foi organizada para evitar desassistência. “Enviamos comunicados a todos os prestadores do SUS e reforçamos nossas equipes nas unidades de apoio. A expectativa é de uma transição segura e de que a nova estrutura proporcione um atendimento mais qualificado e humanizado”, destacou.

Unidades com atendimento reforçado:

  • UPA Sabará (Av. Arthur Thomas, 1.390): funcionamento 24h, todos os dias. Terá 10 clínicos gerais das 7h à 1h e 6 clínicos da 1h às 7h. Dois ortopedistas estarão disponíveis 24h por dia.

  • PA Jardim Leonor (Rua Aroeira, 284): contará com 5 clínicos das 7h às 19h, 6 clínicos das 19h à 1h e 3 clínicos da 1h às 7h. Também oferece atendimento pediátrico (Rede Carinho) das 7h à 1h.

  • UBS Jardim do Sol (Rua Via Láctea, 877): abrirá das 7h à 1h na sexta-feira (8). No sábado (9), funcionará excepcionalmente das 7h às 19h.

Reforma da antiga UPA

A mudança de endereço permitirá a continuidade das obras de recuperação do prédio da antiga UPA na Avenida Leste-Oeste, que apresenta sérios danos estruturais. A obra, no valor de R$ 1.836.944,28, está sendo executada pela empresa Regional Planejamento e Construções Civis, com prazo contratual de 240 dias.

Entre os serviços previstos estão: reforço das fundações, correções em alvenaria e revestimentos, reconstrução de calçadas e estacionamento, substituição de telhas, calhas e portas danificadas, além da construção de um novo muro de arrimo e a reconstrução parcial da enfermaria. Uma segunda fase da obra, já em fase de licitação, incluirá os acabamentos finais e a instalação de uma nova rampa de acesso, ampliando a acessibilidade no local.

 

Mutirão de cirurgias do Hospital Zona Sul de Londrina atende 16 crianças de sete municípios
04 Ago

Mutirão de cirurgias do Hospital Zona Sul de Londrina atende 16 crianças de sete municípios

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O Hospital Dr. Eulalino Ignácio de Andrade, conhecido como Hospital Zona Sul de Londrina (HZS), realizou neste sábado (2) um mutirão de cirurgias infantis que atendeu 16 crianças com idades entre três e 10 anos. A ação foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), dentro do programa estadual Opera Paraná, que tem como objetivo ampliar o acesso a cirurgias eletivas e reduzir a fila de espera do SUS.

As crianças atendidas são de Londrina, Miraselva, Rolândia, Cambé, Jaguapitã, Primeiro de Maio e Assaí — municípios que fazem parte da 17ª Regional de Saúde, cuja referência é o HZS. O procedimento realizado foi a postectomia (correção de fimose), conduzido por uma equipe especializada em cirurgia pediátrica.

O mutirão contou com uma abordagem voltada ao acolhimento humanizado. A ala cirúrgica foi decorada com temática infantil, e as crianças receberam refeições especiais para tornar o momento menos estressante.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressaltou a importância da iniciativa:
"O mutirão é um exemplo claro de como o Opera Paraná vem acelerando o acesso a cirurgias e fortalecendo a saúde pública em todo o estado. Seguiremos avançando com responsabilidade e compromisso com a população", afirmou.

Com cinco salas de cirurgia, 26 leitos na enfermaria cirúrgica e média de 800 procedimentos mensais, o Hospital Zona Sul é referência regional em cirurgias eletivas. O diretor-geral da unidade, Geraldo Júnior Guilherme, destacou o empenho da equipe:
"Tudo foi pensado com carinho e respeito à população. Nosso compromisso é com a vida e a dignidade de quem mais precisa", disse.

Lançado em 2022, o Opera Paraná tem sido um marco na saúde pública estadual. Entre 2021 e 2024, o número de cirurgias eletivas realizadas pelo SUS no Paraná saltou de 331 mil para mais de 2 milhões — um crescimento de 526%. Atualmente, são cerca de 2.100 procedimentos por dia.

Esse avanço se deve a investimentos que ultrapassam R$ 1,3 bilhão por parte do Governo do Estado. Na primeira fase do programa, foram aplicados R$ 150 milhões, resultando em aumento de 47% nas cirurgias de 2021 para 2022. Já a segunda fase contou com R$ 450,6 milhões, garantindo um crescimento adicional de 20% entre 2022 e 2023.

SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose
09 Jul

SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

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Mulheres com endometriose passam a contar com duas novas opções de tratamento hormonal pelo Sistema Único de Saúde (SUS): o DIU com levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. A incorporação dos medicamentos foi aprovada recentemente pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e anunciada pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a pasta explicou que o DIU-LNG atua suprimindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é uma alternativa especialmente indicada para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. A tecnologia se destaca por sua longa duração: o dispositivo precisa ser trocado apenas a cada cinco anos, o que pode favorecer a adesão ao tratamento e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Já o desogestrel, um anticoncepcional hormonal de uso oral, age bloqueando a atividade hormonal responsável pelo avanço da doença. Ele será indicado como tratamento de primeira linha, ou seja, poderá ser prescrito ainda na avaliação inicial, mesmo antes da confirmação diagnóstica por exames. O medicamento auxilia na redução da dor e no controle da progressão da endometriose.

Disponibilização na rede pública

Apesar da aprovação, o Ministério da Saúde ressalta que a oferta dos novos tratamentos pelo SUS depende da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, uma etapa obrigatória para a implementação.

Sobre a doença

A endometriose é uma doença inflamatória ginecológica crônica que ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio — que normalmente reveste o interior do útero — cresce em locais fora da cavidade uterina, como ovários, bexiga e intestino. Esse crescimento anômalo provoca inflamações e dores intensas.

Entre os principais sintomas estão cólicas menstruais severas, dor pélvica contínua, dor durante relações sexuais, dificuldades para engravidar e alterações urinárias e intestinais com padrão cíclico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade fértil no mundo — mais de 190 milhões de pessoas.

Aumento nos atendimentos no Brasil

Dados do Ministério da Saúde mostram um aumento expressivo na busca por diagnóstico e tratamento da endometriose no Brasil. Na atenção primária, os atendimentos cresceram 30%, passando de 115,1 mil em 2022 para 144,9 mil em 2024. No total, mais de 260 mil atendimentos foram registrados entre 2023 e 2024.

Já nos serviços de atenção especializada, os atendimentos aumentaram 70%: de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024, somando 85,5 mil registros nos dois últimos anos.

Também foram observadas 34,3 mil internações relacionadas à endometriose em 2023 e 2024 — um aumento de 32% em relação a 2022, que teve 14.795 internações, contra 19.554 registradas em 2024.

A ampliação do acesso a terapias hormonais pelo SUS representa um avanço importante no tratamento da endometriose, oferecendo mais qualidade de vida e alternativas eficazes para as mulheres que convivem com a doença.

Hospital Evangélico fará 194 cirurgias ortopédicas após MP homologar TAC em Londrina
25 Jun

Hospital Evangélico fará 194 cirurgias ortopédicas após MP homologar TAC em Londrina

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O Hospital Evangélico (HE) de Londrina confirmou, na noite de terça-feira (24), que irá realizar 194 cirurgias eletivas de ortopedia. A medida é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 24ª Promotoria de Justiça da cidade, com o objetivo de regularizar o atendimento de saúde prestado pela instituição.

O TAC foi homologado pelo Conselho Superior do MPPR na última quarta-feira (18). Segundo a promotora Susana Lacerda, o principal foco do acordo é eliminar a fila de espera de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam por cirurgias ortopédicas no hospital.

“O intuito é zerar a fila de cirurgias eletivas de ortopedia, considerando que a entidade recebeu uma emenda parlamentar como incentivo. Por isso, foi proposto que os recursos fossem liberados gradualmente, conforme a fila avançasse — proposta prontamente aceita pelo hospital”, explicou a promotora.

De acordo com a assessoria do Hospital Evangélico, o prazo para a realização de todos os procedimentos é de até 12 meses. A liberação dos recursos será feita em etapas, à medida que as cirurgias forem sendo realizadas. A instituição informou ainda que o chamamento dos pacientes deve começar em breve e que está pronta para cumprir o cronograma estabelecido, reforçando seu compromisso com a qualidade e continuidade do atendimento.

O MPPR acrescentou que o hospital deverá revisar mensalmente a lista de espera, com critérios de risco e ordem cronológica, além de elaborar um cronograma detalhado para a realização das cirurgias, que precisam ser concluídas até maio de 2026.

Caso o TAC não seja cumprido, o Ministério Público poderá ingressar com uma ação civil pública para assegurar o direito da população ao acesso à saúde.

Reforma UPA do Sol: atendimento no Mater Dei deve começar na 1ª semana de agosto
23 Jun

Reforma UPA do Sol: atendimento no Mater Dei deve começar na 1ª semana de agosto

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Após uma longa negociação, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, localizada na zona oeste de Londrina, será transferida para o prédio do antigo Hospital Mater Dei, na região central da cidade. A mudança deve ocorrer até a primeira semana de agosto. O contrato de locação foi assinado nesta segunda-feira (23) entre a Prefeitura de Londrina e a Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina), com valor mensal de aproximadamente R$ 90 mil.

Expansão no atendimento

Com a transferência, a expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é melhorar as condições de atendimento a pacientes e profissionais, além de ampliar a capacidade da unidade. Atualmente, a UPA do Jardim do Sol tem estrutura para atender 32 pessoas por hora, com nove consultórios médicos e 16 leitos de enfermaria. No novo espaço, o número de atendimentos por hora deve subir para 48, com 12 consultórios e 26 leitos. A unidade chega a atender até 750 pacientes por dia.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, a ampliação será feita gradualmente, conforme a disponibilidade de recursos humanos, equipamentos e materiais. “O espaço do Mater Dei permite expansão organizada e planejada. Precisamos contratar pessoal, adquirir equipamentos e reestruturar os processos para garantir a qualidade do atendimento”, explicou.

Estrutura com potencial de crescimento

A secretária também destacou a possibilidade de novas ampliações futuras no Mater Dei, como a abertura de 30 leitos de internação clínica, que poderiam aliviar a demanda dos hospitais de maior complexidade. Está em análise também a instalação da Rede Carinho, voltada ao atendimento pediátrico.

Contratações e reforço na equipe

Vivian afirmou que a pasta já convocou cerca de 500 profissionais desde o início da gestão, com parte deles sendo direcionada ao atendimento de urgência e emergência. A equipe médica, atualmente contratada por meio de empresas terceirizadas, também pode ser reforçada via Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema).

Desafios e entraves

O processo de mudança levou meses para ser viabilizado por questões administrativas e estruturais. Um dos principais impasses foi o estacionamento do hospital, inicialmente fora do contrato e que implicaria custos aos usuários. “Negociamos a inclusão do estacionamento no valor da locação, pois entendemos que isso era essencial para o funcionamento adequado da unidade”, afirmou a secretária.

Reforma da UPA do Sol

Com a mudança para o Mater Dei, a UPA do Jardim do Sol passará por reformas, com início previsto logo após a transferência dos atendimentos. A obra receberá um investimento de cerca de R$ 1,8 milhão, além de uma licitação adicional que está em fase de orçamento. A previsão é de que a reforma seja concluída em até 240 dias, com entrega estimada para abril de 2026.

O prefeito Tiago Amaral (PSD) destacou que a decisão de usar o prédio do Mater Dei foi a forma mais rápida de viabilizar as melhorias. “Nosso foco é oferecer uma saúde pública melhor para os londrinenses”, afirmou.

Possibilidade de permanência no Mater Dei

O contrato de locação do antigo hospital tem validade inicial de um ano, com possibilidade de renovação por até cinco anos. A secretária de Saúde indicou que, diante da estrutura do local e dos resultados esperados com a ampliação dos atendimentos, há interesse em permanecer por mais tempo, caso haja acordo entre as partes.

Vacinação e doenças respiratórias

Vivian Feijó também comentou sobre a campanha de vacinação em Londrina, que tem sido intensificada em locais de grande circulação. Apesar dos esforços, a cobertura vacinal infantil ainda está abaixo dos 30%, índice considerado preocupante. “Com isso, aumentam os casos de doenças respiratórias entre as crianças, algo que também acompanha a sazonalidade do clima”, alertou. A meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% de cobertura.

Ampliação de UTIs no radar

Por fim, a secretária revelou que há dois projetos em análise para a ampliação de leitos de UTI em Londrina, um com o Hospital Evangélico e outro com o Hospital Universitário (HU), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. As ações serão adotadas conforme a evolução do cenário epidemiológico.

Secretaria da Saúde regulamenta oferta de medicamentos com canabidiol no SUS
23 Jun

Secretaria da Saúde regulamenta oferta de medicamentos com canabidiol no SUS

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A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) regulamentou nesta segunda-feira (23) a oferta de medicamentos à base de canabidiol (CBD) para tratamento de epilepsia refratária por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O cadastro para solicitação do tratamento será aberto em julho.

O fornecimento será exclusivo para pacientes diagnosticados com síndromes neurológicas raras, como Dravet, Lennox-Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa, em casos onde não houver resposta às terapias convencionais. O medicamento passa a integrar a lista de oferta da Sesa apenas para as indicações previstas em bula e quando todas as alternativas terapêuticas do SUS tiverem sido esgotadas.

Desde o início de 2025, o Paraná já disponibiliza um medicamento com associação de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) para pacientes com espasticidade moderada a grave causada pela esclerose múltipla. O acesso é regulamentado pela Resolução Sesa nº 1.180/2024. Atualmente, 69 pacientes estão cadastrados nesse tratamento, disponível na rede pública estadual e nas unidades municipais que distribuem medicamentos do componente especializado.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, afirmou que a iniciativa representa um avanço no cuidado a pacientes com epilepsias graves. “A liberação do canabidiol no SUS do Paraná para casos específicos de epilepsia refratária representa um avanço no cuidado às pessoas que enfrentam essas síndromes com enorme impacto na qualidade de vida. Estamos unindo rigor técnico e sensibilidade para garantir acesso ao que há de mais moderno no tratamento dessas doenças”, declarou.

A coordenadora da Assistência Farmacêutica da Sesa, Deise Pontarolli, destacou a importância do novo protocolo: “Ele oferece novas perspectivas de tratamento para pacientes que não respondiam às terapias convencionais. Nosso compromisso é garantir que o fornecimento seja feito com segurança e acompanhamento rigoroso, assegurando melhores resultados para os pacientes e suas famílias”.

Os critérios clínicos para o acesso constam nas Resoluções Sesa nº 1.078, nº 1.080 e nº 1.081. O sistema de gestão da Sesa já está sendo ajustado para receber os pedidos, e os pacientes poderão apresentar a documentação exigida nas farmácias das Regionais de Saúde ou dos municípios que fazem parte do componente especializado e do Elenco Complementar. A relação completa de documentos poderá ser consultada em breve.

A medida está amparada por evidências científicas que comprovam a eficácia e a segurança do medicamento para essas indicações específicas. A regulamentação segue os parâmetros da Lei Estadual nº 21.364/2023 e dos Decretos nº 4.977/2024 e nº 10.222/2025.

Com 124 mortes por gripe no ano, 90% das vítimas não estavam vacinadas no Paraná
17 Jun

Com 124 mortes por gripe no ano, 90% das vítimas não estavam vacinadas no Paraná

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Até o dia 7 de junho de 2025, o Paraná registrou 598 mortes provocadas por algum tipo de Síndrome Respiratória, conforme balanço da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). Desse total, 124 óbitos foram causados pelo vírus da Influenza A. Durante coletiva realizada em Londrina nesta segunda-feira (16), o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, destacou um dado preocupante: 90% das vítimas da Influenza A não haviam sido vacinadas.

O boletim mais recente da secretaria aponta 12.011 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no estado, com 1.379 diagnósticos confirmados de Influenza A. A taxa de letalidade entre os casos da doença é de cerca de 9%. A vacina contra a gripe está disponível gratuitamente na rede pública para toda a população a partir dos seis meses de idade.

“A vacina não impede totalmente a morte, mas reduz significativamente as chances de agravamento da doença, como demonstram os números. Contra fatos, não há argumentos”, afirmou Beto Preto.

Um novo boletim epidemiológico está previsto para ser divulgado entre quarta (18) e quinta-feira (19), e a expectativa é que os números de óbitos aumentem ainda mais.

Baixa adesão vacinal entre crianças internadas

Na região Oeste do estado, os dados também são alarmantes. No Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, das 212 crianças internadas neste ano por doenças respiratórias, apenas 18 haviam sido vacinadas. “A falta de vacinação aumenta a gravidade dos casos. É por isso que reforçamos o apelo para que a população busque a imunização”, destacou o secretário.

Esforço para ampliar cobertura

Beto Preto elogiou a mobilização dos municípios para promover a vacinação fora dos postos tradicionais, levando doses a locais de grande circulação, como terminais de ônibus, igrejas e estádios. Ele também citou ações como o drive-thru realizado no pátio da Prefeitura de Londrina na semana passada.

Neste ano, o Paraná recebeu 4,7 milhões de doses da vacina contra a Influenza A. Até o momento, cerca de 3,2 milhões já foram aplicadas. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários ainda está abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde:

  • Crianças: 35,2% vacinadas

  • Gestantes: 31,7%

  • Idosos: 47,1%

Vacinação é segura, reforça secretário

Durante a coletiva, Beto Preto voltou a enfatizar a segurança das vacinas, citando o PNI (Programa Nacional de Imunizações), ativo há mais de 50 anos no Brasil, e criticou a disseminação de informações falsas.

“A vacina é segura. A Anvisa é uma das agências mais rigorosas do mundo. A vacinação é saúde, é um ato de amor e solidariedade”, defendeu.

Internações em alta, mas com queda recente

Nas últimas semanas, houve aumento na busca por internações por doenças respiratórias em todo o Paraná, tanto em leitos de enfermaria quanto em UTIs. No entanto, o número caiu cerca de 30% na última semana. Segundo Beto Preto, ainda não é possível apontar a causa dessa queda, mas ela pode estar relacionada à ampliação de leitos e ao avanço da vacinação. O tempo médio de internação varia entre 8 e 10 dias.

Na região de Londrina, a taxa de ocupação dos leitos gira entre 90% e 92%, com reforço vindo de novos leitos abertos em cidades próximas como Arapongas e Apucarana. O Hospital da Providência, em Apucarana, ativou 12 leitos de enfermaria pediátrica, enquanto o Honpar (Hospital Norte do Paraná), em Arapongas, disponibilizou 27 leitos, sendo 15 de UTI adulto e 12 de enfermaria.

Ampliação na região Oeste

As regiões Oeste e de Curitiba são atualmente as que mais preocupam a Secretaria de Saúde. Para reforçar a rede de atendimento, novos leitos estão sendo abertos. Na região Oeste, serão 38 novas vagas:

  • Medianeira: 10 leitos de enfermaria adulto (Hospital de Clínicas)

  • Toledo: 8 leitos (4 de UTI e 4 de enfermaria adulto, no Hospital Regional)

  • Cascavel: 8 leitos de UTI adulto (Hospital de Retaguarda)

  • Hospital Associação Beneficente de Saúde: 12 leitos divididos entre UTI adulto, enfermaria adulto e pediátrica

“Cada dia traz novos desafios. Estamos atentos e preparados para ampliar o atendimento sempre que necessário”, concluiu Beto Preto.

Londrina registra mais quatro mortes por síndromes respiratórias
12 Jun

Londrina registra mais quatro mortes por síndromes respiratórias

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nesta quarta-feira (11) o segundo Boletim Informativo sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG), referente ao período de 1º a 7 de junho. O relatório aponta uma queda nas notificações de SRAG, que passaram de 45 para 38 casos, sendo 18 em adultos e 20 em crianças.

Apesar da redução nas notificações, o número de mortes relacionadas à SRAG subiu de 64 para 68. Do total, 11 óbitos foram causados por covid-19, 11 por influenza, dois por vírus sincicial respiratório (VSR), dois por outros vírus, dois por outros agentes etiológicos, e 40 ainda não tiveram a causa especificada.

Nos serviços de urgência, os atendimentos por síndrome gripal representaram uma parcela significativa. No Pronto Atendimento Infantil (PAI), dos 3.093 atendimentos realizados, 1.602 (51,79%) foram relacionados à SG. Já nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Prontos-Atendimentos (PAs), 3.210 dos 13.007 atendimentos (24,6%) foram por SG — um aumento em relação à semana anterior, quando representavam 16%.

O boletim também trouxe dados da vigilância de vírus respiratórios feita nas unidades sentinelas de Londrina (PAI, UPA Sabará e Hospital Universitário). Amostras são coletadas semanalmente e enviadas ao Laboratório Central do Paraná (Lacen). Entre os vírus identificados no município no período analisado estão o Influenza A, VSR, rinovírus e adenovírus. A taxa de positividade subiu de 63,6% para 76%.

Em relação à vacinação contra a gripe, a cobertura vacinal geral avançou de 42,03% para 44,80% entre os grupos prioritários (idosos, crianças e gestantes). Entre os idosos, a taxa passou de 49,28% para 51,95%, enquanto entre as gestantes subiu de 21,14% para 22,17%. O crescimento mais expressivo foi entre as crianças, com um salto de 22,80% para 26,07%.

A vacina contra a gripe está disponível para toda a população acima de 6 meses de idade e pode ser encontrada em todas as Unidades Básicas de Saúde de Londrina.

A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, alertou que, apesar dos esforços, a cobertura vacinal ainda é considerada baixa. “Ainda não podemos falar em queda consistente nos casos, pois isso exige análise de pelo menos três semanas consecutivas. O frio dificulta o controle, e mesmo com as ações extramuros da Secretaria, os índices seguem abaixo dos 90% recomendados para os grupos prioritários. Para um cenário mais seguro, o ideal seria atingir ao menos 70%”, destacou.

 

Fonte: Portal Temlondrina

Drive-thru de vacinação contra a gripe acontece nesta terça (10) no Centro Cívico de Londrina
10 Jun

Drive-thru de vacinação contra a gripe acontece nesta terça (10) no Centro Cívico de Londrina

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina promove nesta terça-feira (10), das 8h30 às 16h, um drive-thru de vacinação contra a gripe no Centro Cívico, em frente à Prefeitura, com entrada pela Avenida Duque de Caxias, 635. A ação contará com o trabalho de 13 profissionais de saúde e terá, inicialmente, 1.000 doses disponíveis — número que poderá ser ampliado, conforme a demanda.

Embora o formato seja direcionado ao público que chegar de carro, pedestres também poderão ser vacinados. A expectativa é atender, inclusive, trabalhadores do comércio da região central. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) dará suporte à operação, organizando o fluxo de veículos e garantindo a segurança no local.

No mesmo dia, das 13h30 às 15h, a Câmara Municipal também será ponto de vacinação, com foco no público interno, mas aberta a moradores da região e pessoas de passagem. “Teremos uma equipe preparada para atender tanto servidores públicos quanto a comunidade em geral”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó.

A iniciativa integra uma série de ações descentralizadas da SMS para ampliar a cobertura vacinal contra a gripe em Londrina, que atualmente está em 44,79% do público-alvo (idosos, crianças e gestantes). A campanha é voltada a toda a população com mais de 6 meses de idade, com aplicação disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.

A vacina fornecida pelo Ministério da Saúde é do tipo tríplice, com proteção contra as principais cepas do vírus influenza em circulação no hemisfério sul: Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B (linhagem Victoria).

Confira as próximas ações de vacinação contra a gripe em Londrina:

  • 09/06 (10h às 12h30) – Ambulatório Hoftalon

  • 09/06 (18h30 às 21h) – Condomínio Bella Vitta

  • 10/06 (8h30 às 16h) – Drive-thru na Prefeitura

  • 10/06 (13h30 às 15h) – Câmara Municipal

  • 10/06 (14h às 16h) – Clínica Viscardi (Av. Duque de Caxias, 1.310)

  • 13/06 (9h às 11h / 14h às 17h) – Hospital Vida Ambulatório (Rua Castro Alves, 730)

  • 14/06 (9h às 11h) – Hospital Vida (Rua Universo, 92)

  • 14/06 (14h às 20h30) – Orgulho no Bairro – Lindoia

  • 15/06 (7h às 13h) – Multivacinação na Feira do Cincão

  • 17/06 (9h às 12h / 18h30 às 21h30) – Universidade Positivo

  • 18/06 (8h às 10h) – Empresa GMTEX

  • 18/06 (7h30 às 11h30 / 13h às 17h30) – EPESMEL

  • 19/06 (9h às 16h) – Dia da Bondade – Muffato Duque

Fonte: Portal Bonde

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